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Enviada em: 07/10/2017

Ao olhar as escolas, vê-se o futuro de um país. Preocupante é, portanto, quando cada vez mais crianças e jovens são: agressores e agredidos. Qual será o reflexo, na ssociedade, no futuro, de tamanha violência que hoje afeta as escolas brasileiras?        O Bullying é caracterizado pela violência física ou psicológica, realizada de forma intencional. As consequências das agressões nas vítimas podem nunca desaparecer, podem ser falta de autoestima, medo, ansiedade, depressão, agressividade, deficiência no convívio social, e até suicídio e homicídio. Mas, também é necessário ter atenção ao tratar o agressor, pois ele também pode ser vítima de abusos em casa ou viver numa família pouco afetiva. Dessa forma, a sua prática reflete também o estado da sociedade atual.        Segundo pesquisas do IBGE, em 2015, o número de alunos que alegaram ter sofrido algum tipo de bullying chegou à quase metade dos entrevistados (46,6%), um aumento de 5,4% em relação a 2012. Isto, passados apenas cinco anos do Massacre de Realengo, quando Wellington, vítima de bullying na infância voltou à escola onde estudou, no Rio de Janeiro, matou 12 crianças e a si próprio, por vingança, é alarmante.         Por isso, ainda no final de 2015, foi publicada a lei de combate à intimidação sistemática (bullying), que ajudou muito, pois agora, além de tipificar, as crianças tem apoio psicológico na escola que visa a reabilitação e não a punição de agressor e agredido. Entretanto, ainda falta muito para o país conseguir sanar o problema. A omissão é uma das coisas que mais dificulta, omissão das crianças agredidas, por vergonha ou por auto-depreciação, omissão das testemunhas que apesar de ver, nada fazem, falta de afeto familiar e a presença de professores e inspetores que fiscalizem de fato.        Logo, é necessário que à exemplo do modelo finlandês KiVa, haja mais presença de profissionais na escola que entendam e apoiem as crianças, que fiscalizem suas relações e estejam atentas aos indicadores. É necessário, que sejam estabelecidas não só na escola, mas também em casa, regras claras de convivência, desde os primeiros anos de ensino, lecionando também a empatia e promovendo autoconfiança. Por fim, é necessário mudar a sociedade de agora, buscar a união de responsáveis, governo e corpo da escola para não permitir ao futuro ser uma sociedade bipolar, dividida pela intolerância e rancor, onde a violência seja a forma de poder.