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Enviada em: 14/10/2017

Na série de quadrinhos "Turma da Mônica", Cebolinha é um valentão que persegue e insulta Mônica por seu peso e dentes grandes. Fora dos gibis, o bullying ainda é uma realidade no Brasil, sendo crianças e adolescentes suas maiores vítimas, posto que tal prática é indubitavelmente mais presente nas escolas. Dessa forma, é necessário que haja uma interação entre pais e professores, para a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente a questão.    Bullying é o ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, praticado por indivíduo ou grupo, contra outro(s). Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, qualquer tipo de violência é uma derrota. Assim sendo, no âmbito escolar a prática é muito comum e é o maior problema de convivência entre jovens, haja visto que as agressões acontecem, na maioria das vezes, sem o conhecimento de pais e professores. Isto é, os intimidadores tentam impor sua autoridade e sentem-se superiores a partir do momento em que conseguem magoar e humilhar sua vítima. Destarte, o resultado é uma insegurança e medo que atrapalham o rendimento e não tornam o ambiente propício para aprendizado.    Ademais, o bullying traz consequências comportamentais, emocionais e sociais como transtornos de ansiedade, baixa auto estima, depressão, isolamento social e em alguns casos, a vítima opta por soluções trágicas como suicídio ou atos de violência. O canal de entretenimento Netflix lançou recentemente a série norte americana "13 Reasons Why" (Os Treze Porquês), retratando a triste história de uma adolescente que se suicida em consequência da difamação, assédio e bullying sofridos na escola. Devido ao grande sucesso entre os jovens brasileiros, que se identificaram com os fatos ocorridos na trama, redes sociais como Twitter e Facebook levantaram uma campanha com a hashtag "#NãoSejaUmPorquê", incentivando a não propagação do bullying e divulgando o CVV (Centro de Valorização da Vida), para vítimas obterem ajuda e orientação.    Diante dos argumentos supracitados, medidas são necessárias para a resolução do impasse. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Logo, os professores, em parceria com psicólogos, precisam incentivar a solidariedade, a generosidade, a convivência e o respeito às diferenças por meio de palestras, trabalhos didáticos em grupo e campanhas de incentivo à tolerância e à paz. E, também, os pais e/ou responsáveis devem proporcionar um ambiente domiciliar seguro para os filhos, serem mais participativos na vida estudantil dos mesmos comparecendo às palestras, e aconselhando-os a não praticarem e tampouco serem omissos ao bullying. Outrossim, a mídia deve criar parcerias com o MEC (Ministério da Educação) e redes sociais, divulgando campanhas de conscientização, incentivando a sociedade a praticar a tolerância e o respeito.