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Enviada em: 11/10/2017

O bullying, uma prática que até poucas décadas atrás era considera normal vem ganhando notoriedade e têm se tornado objeto de estudo na psicologia. Isso ocorreu devido aos desfechos trágicos que alguns desses casos tomaram, como o massacre em uma escola do Rio de Janeiro, onde um jovem assassinou 12 adolescentes motivado pelo bullying que sofreu no período escolar. Nesse sentido, esses casos extremos servem de alerta para as terríveis consequências dessa prática não apenas na vida de quem sofre com esse tipo de perseguição, mas em toda a sociedade.         Em primeira análise, a coibição ao bullying muitas vezes é negligenciada pelas instituições de ensino. Isso ocorre, pois, por se tratar de uma prática que sempre existiu, os educadores, frequentemente, encaram essas perseguições como algo natural da fase escolar. Contudo, é preciso discernimento para diferenciar brincadeiras de ofensas e injúrias.         Em segunda análise, as famílias têm papel crucial no combate à esse tipo de injuria. Nesssa perspectiva, o psicólogo Albert Bandura, afirma que as crianças aprendem a se comportar através das suas experiências em ambientes sociais. Dessa forma, se em seus lares encontram um universo de violência e incompreensão, elas tendem a repetir esses comportamentos na escola.        Ademais, os pais e responsáveis precisam ficar atentos à comportamentos que possam denunciar que seus filhos estejam sofrendo bullying como: tristeza, amedrontamento, machucados frequentes e queda no rendimento escolar. Dessa forma, após constatada à violência, a vítima precisa encontrar em casa um lugar de compreensão e diálogo para que conquiste confiança para lidar com as agressões sofridas e a família precisa procurar a escola para discutir soluções para o problema.         Urge-se, portanto, combater atos de perseguião e violência. Por conseguinte, as instituições de ensino devem incentivar o respeito a diversidade e a prática da tolerância, através de atividades psicopedagógicas de cooperação e interpretação de diversos papeis em um conflito, para que assim se coloquem no lugar do outro e entendam a importância do diálogo. Em consonância, as escolas devem estimular as vítimas a denunciarem as agressões, permitir que os alunos criem regras que ajudem a coibir o bullying, estimular o surgimento de lideranças positivas entre os alunos e quando identificado uma situação de perseguição, os educadores devem interferir imediatamente quebrando a dinâmica de violência.