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Enviada em: 11/10/2017

Ainda tem uma pedra no meio do caminho. É possível parafrasear um dos mais célebres poemas de Drummond para falar de um obstáculo que dificulta muito o percurso para chegar à harmonia social: o bullying. Caracterizada como intimidações físicas e psicológicas feitas por um indivíduo que se julga dominante, a prática de bullying afeta a vítima de forma considerável, causando efeitos graves. Assim, é preciso compreender as consequências desta problemática na sociedade.    Em primeiro lugar, é preciso entender que a prática de  bolinagem tem origem da exemplificação que indivíduos agressores têm em casa. Crianças e adolescentes praticantes de tal ato, geralmente, replicam as atitudes autoritárias, intolerantes, opressivas e agressivas que presenciaram em seu antro familiar, sendo estimuladas, a todo momento, a agirem de maneira semelhante para com outras pessoas, normalmente, mais suscetíveis.   Ademais, é preciso analisar que o bullying é um dos principais res-ponsáveis por distúrbios psicológicos na infância e adolescência. Geral-mente, o agressor atinge a vítima através de características físicas e soci-ais, como peso, etnia, orientação sexual e fatores socioeconômicos. A con-tinuidade dessas intimidações vão desencadeando uma aversão do vitimi-zado, que passa a não querer ir na escola, a não gostar de si mesmo, e até desenvolver um quadro depressivo. De acordo com a BBC, uma das prin-cipais causas de suicídio entre adolescentes provém de atos bolinadores.   Destarte, é evidente que a prática do bullying afeta a harmonia social e deve, portanto, ser combatida. Primeiramente, é dever das escolas abordarem, de forma contínua, a problemática com os pais e alunos, através de palestras, sobre as causas e consequências do bullying em agressores e vítimas. Cabe a esta, ainda, a programação de eventos, como debates, mutirões e oficinas, nos bairros onde se encontram, para sensibilização da população frente ao problema. Somente assim retiraremos a pedra do caminho rumo à harmonia.