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Enviada em: 27/10/2017

Tolerância: fruto da educação      No filme “Meninas Malvadas”, a jovem Cady precisa fazer uma série de transformações de si mesma a fim de que seja aceita pelas colegas de escola. Na realidade, as coisas não são tão diferentes disso. Crianças e adolescentes sentem-se oprimidos e forçados a seguir padrões no ambiente colegial, e com uma sequência de rejeições, passam a sofrer o que hoje chama-se bullying. Este problema, que não é tão recente como aparenta, precisa ser abordado e jamais disfarçado na sociedade.      Previamente, deve-se associar as raízes do bullying e o local em que geralmente é colocado em prática: a escola. Pode parecer coincidência, porém o colégio é onde as crianças aprendem — ou deveriam aprender — a respeitar o próximo, independente de quantas diferenças individuais existam, como afirma a frase dita pela escritora americana Helen Keller, “o resultado mais sublime da educação é a tolerância”. Não obstante, ao que as estatísticas afirmam, essas escolas não estão cumprindo seus papéis por completo, já que aproximadamente 20% dos estudantes brasileiros revelaram já terem praticado algum tipo de injúria com colegas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).      Com isso, tem-se diversas consequências a quem sofre bullying, desde baixa autoestima, até casos mais graves como suicídio e inclusive crimes hediondos, a exemplo dos ataques a escolas que vêm sendo presenciados no Brasil nos últimos anos, em que jovens revoltados por terem sofrido agressões verbais e físicas em tais instituições, atiram em seus próprios colegas, principalmente naqueles que praticam as ofensas.      Percebe-se, portanto, que o bullying precisa ser combatido para que a sociedade viva de forma mais harmoniosa. Seria válido que o Ministério da Educação determinasse como essencial a presença de psicólogos em escolas, sejam elas públicas ou privadas, a fim de que o aluno injuriado possa ter alguém para relatar tais atos. Outra medida crucial é que as escolas, juntamente com a família, mostrem às crianças a importância das diferenças socioculturais e físicas, e do respeito a elas, com o intuito de que, no futuro, tenhamos pessoas e cidadãos mais tolerantes.