Enviada em: 12/10/2017

‘Carrie,a estranha’ é um filme norte-americano que conta a história de uma garota que menstrua no banheiro do colégio e é execrada pelas suas colegas.Nessa dramaturgia, a personagem Carrie é vítima constante de bullying e,em uma das cenas,ao ser coroada a rainha do baile e subir ao palco para um discurso,essa recebe um banho de sangue de porco e se torna motivo de escárnio perante o baile.Apesar de se tratar de uma ficção, a vivência mencionada não se limita aos filmes.No contexto atual,muitos jovens são vítimas de bullying,uma prática que pode causar problemas psicológicos, fomentar o suicídio e que desvela a necessidade de intervenções governamentais para ser reduzida.       Apesar de o número de vítimas de bullying ser grande no Brasil,o que mais choca é que boa parcela dos jovens não está na posição de vítima,mas sim na de agressor.De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, 1 em cada 5 jovens na faixa de 13 a 15 anos pratica bullying contra colegas do colégio.Nessa analogia, é possível verificar a existência de um culto ao bullying no ambiente escolar,bem como a normatização desse tipo de problemática no contexto social.Dessa forma, a ausência de políticas públicas que são,de fato,eficazes e que visam a diminuir os efeitos do fenômeno depreciativo,quando aliadas à normatização já mencionada resultam na exacerbação dessa questão.       Outrossim, em concordância com o o referido estudo, uma das consequências mais comuns do bullying são os danos psicológicos,visto que, a vítima pode acabar descontente com o próprio corpo ao ser ridicularizada por estar acima do peso.Dessa forma,medidas drásticas podem ser adotadas pelas vítimas na tentativa de lidarem com as críticas,como o uso de medicamentos para emagrecer,além de tendências de bulimia e de automutilação.Contudo,em alguns casos,a solução encontrada é a de responder de maneira agressiva às ofensas,o que fomenta brigas no meio escolar e não só oferece um risco à vida dos envolvidos,mas também transforma o bullying em um ciclo       Infere-se,portanto, que a problemática discutida necessita ser amenizada. E para isso, o Ministério da Educação deve ministrar palestras nas escolas para combater o culto à depreciação que está arraigado nestas.Dessa maneira, os casos diminuirão concomitantemente com as estatísticas.Ademais, para diminuir os efeitos do bullying na sociedade,o corpo docente dos colégios deve contar com programas de aprimoramento didático,como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, para que possam ser orientados a como desenvolver atividades que promovam a integração social e a autoaceitação física.Isto posto, os jovens serão incentivados a respeitar as diferenças,o que,por consequência, resultará na diminuição dos danos psicológicos que são causados por chacotas a quem não se enquadra nos esteriótipos corporais que são impostos pela sociedade e do bullying.