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Enviada em: 13/10/2017

Na série de televisão estadunidense "Todo mundo odeia o Chris", os amigos, Chris e Greg, sofrem agressões físicas e verbais, diariamente, pelo Joey Caruso e sua turma, no lugar onde estudam. Longe das telas, essa é a realidade vivida por muitas crianças e adolescentes no mundo. O Brasil enfrenta sérios problemas com o aumento do bullying nas escolas, com consequências negativas para as vítimas dessa violência. Nesse sentido, convêm discutir as causas e efeitos dessa problemática para a sociedade.              Segundo a educadora Cléo Fante, especialista no assunto, o bullying é uma das formas de violência que mais cresce no mundo e ocorre, principalmente, nas escolas. As vítimas, geralmente, são pessoas tímidas, com baixa autoestima. Já os agressores sentem satisfação com a opressão do outro. Humilhações racistas, homofóbicas ou difamatórias, além de castigos físicos, são  comuns. Mesmo com a atual repercussão da problemática na mídia, essa prática ainda é encarada como um tabu. A pouca importância dada nas escolas à situação, bem como a falta de apoio dos pais, leva o jovem agredido a se isolar e não procurar ajuda, dificultando uma solução.        Também é importante pontuar que, além do isolamento e da queda do rendimento escolar, indivíduos que passam por essas agressões podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer traumas que influenciem traços da personalidade. De acordo com a psicóloga Amanda Santos, em casos mais extremos, muitos recorrem ao suicídio. Como resultado dessa questão, surgem, cada vez mais, adultos com ansiedade, depressão e dificuldade de integração social. Cidadãos mais propensos a doenças e com redução da capacidade produtiva. Fato que gera impactos negativos para esses indivíduos e toda a sociedade.        Portanto, a luta contra o crescimento dessa violência exige medidas. Cabe ao Ministério da Educação promover capacitação para os profissionais de educação, para que eles atuem de forma a inibir os casos de bullying. As escolas devem realizar reuniões com pais e alunos, informando sobre os perigos dessas agressões e as formas de identificar e lidar com o problema. Os meios midiáticos devem promover ampla discussão sobre o assunto, com campanhas de esclarecimento, alertando para os danos sociais dessa prática. Assim, caminharemos rumo a uma sociedade inclusiva, com mais respeito, longe de violências e preconceitos.