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Enviada em: 14/10/2017

Michel Focault, filósofo do século XX, defendia na Teoria do Poder que os indivíduos se organizam de modo a exercerem dominação. Tangente a isso, observa-se, atualmente, que o bullying tem crescido de diversas maneiras seja através de violência física, verbal ou psicológica, principalmente, no âmbito escolar por meio de uma relação desigual de poder. Dessa forma, buscar soluções que minimizem essa problemática torna-se fundamental.  Antes de tudo, é válido salientar que o preconceito e a discriminação aos indivíduos diferentes não é um problema atual. Na Idade Média, por exemplo, os deficientes eram queimados na fogueira da Inquisição e eram vistos como um problema social. Essa visão se transformou num legado histórico-cultural, já que, ainda hoje, o preconceito está enraizado na sociedade. Nos dias atuais, nota-se uma antiga imposição de paradigmas considerados ideias, sejam estéticos, religiosos e até culturais. Diante disso, a intolerância surge como forma de imposição ao padrão estabelecido. Tal contexto vem se refletindo excessivamente em ambientes escolares.   Nesse sentido, a banalização e a falta de profissionais preparados nas escolas para lidarem com essa problemática corroboram com a sua permeação. Prova disso, é que segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 mais de 190 mil estudantes entrevistados alegaram sofrer bullying com frequência; em comparação ao ano de 2012, houve um aumento de 30%. Sendo assim, as consequências vão desde evasão escolar, normatização da violência e depressão. Contudo, a verdadeira preocupação só chegou às instituições de ensino em 2016, ano em que a prevenção e o combate à prática virou lei no país.   Fica evidente, portanto, a necessidade de se discutir sobre o bullying e buscar soluções. Dessa forma, o poder público, criador da lei que incentiva o combate à prática, pode fiscalizar e contratar, inclusive, mais psicólogos para os colégios e promover treinamento dos professores. Além disso, a mídia pode ajudar denunciando casos, a fim de conscientizar a população e cobrar as devidas punições. Por fim, a escola deve atuar na prevenção dando apoio as vítimas, por meio de palestras ou até mesmo reuniões em grupo. Quem sabe assim, a única forma de Poder seja em prol do bem.