Materiais:
Enviada em: 16/10/2017

Recentemente, um menino de doze anos suicidou-se em Vitória, ES, devido ao bullying sofrido na escola. Casos como esse se repetem com frequência em todo o mundo e têm se agravado. Para se combater tal ato de maneira eficaz e evitar seus efeitos nocivos, é necessário o envolvimento de toda a sociedade, com foco na prevenção e conscientização das crianças e adolescentes.       A prática de bullying nas escolas não é recente, porém o advento das redes sociais intensificou o problema. Pesquisa do IBGE revela que quase metade dos alunos brasileiros já foi vítima de humilhações dos colegas. Com a internet, os ataques não ficam mais restritos à escola e acabam afetando mais profundamente os jovens. Desta forma, intensificam-se consequências como queda no rendimento escolar, crises de pânico, depressão, entre outras.       Além disso, os efeitos dessa prática podem ser mais profundos e afetarem inclusive a vida adulta. Estudos de universidades britânicas e americanas sugerem que crianças que sofreram bullying têm mais propensão a fobias sociais quando adultos. E os efeitos negativos também são sofridos pelos agressores no futuro, levando, por exemplo, a comportamentos violentos e ao uso de drogas. Estes fatos mostram que tais agressões têm efeitos devastadores que são são superados com o simples fim das perseguições, afetando toda a sociedade.       Urge, pois, que se estabeleçam estratégias de combate a esse comportamento. Primeiramente, o MEC deve criar um programa a ser aplicado em todas as escolas, com palestras e rodas de conversa, além da capacitação da equipe pedagógica para acolher as vítimas e orientar os agressores. Por sua vez, a mídia também deve fazer sua parte, com campanhas publicitárias, em parcerias com ONGs especializadas, incentivando adultos que foram vítimas ou agressores, durante a infância, a buscarem apoio psicológico para superarem os traumas passados.