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Enviada em: 23/10/2017

O bullying é considerado um problema de saúde pública, pois é uma forma de violência que tem alcançado um crescimento significativo no Brasil. Isso se dá, devido à ausência de uma educação conscientizadora baseada aos moldes do pedagogo freireano, acompanhamentos psicológicos e fomentação de padrões pela midiatização. Essa realidade acarreta problemas psíquicos, depressão ou até mesmo suicídio. Com isso, há uma violação nos Direitos Humanos desse grupo.   Desde a Antiguidade, o Brasil possui o mesmo modelo educacional arcaico que os alunos ficam enfileirados e o professor à frente como forma de superioridade, esse modelo pouco estimula o pensamento crítico. Mas,  ao invés disso, essa padronização do corpo afirmada pelo filósofo Foucault, intensifica o preconceito como o de gênero, pois se o menino é visto com rosa ele é afeminado e se torna motivo de chacota. Ou até mesmo, preconceito racial quando o negro é vítima de apelidos como macaco, ladrão, pois essa cultura dos colonos está enraizada na nossa sociedade até nos tempos atuais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1 em cada 2 brasileiros praticam o bullying. Essa realidade, interfere o emocional e o físico de quem é o alvo da ofensa, podendo acarretar problemas na socialização, profunda tristeza, depressão.   Além disso, há uma midiatização que estipula padrões, de tal modo que para ser socialmente aceito se faz necessário ter o sapato da moda, celular última geração. Ou seja, a classe social pobre é quem mais está a mercê dessa violência simbólica, visto que será excluído por não ter acesso a esses bens materiais e assim vai estar fora da massificação. Com isso, ocorre a intensificação do bullying devido aos apelidos maldosos que são feitos permanentemente, a inferioridade provocada e a violência simbólica exercida. Isso provoca revolta, como por exemplo o caso do Realengo no Rio de Janeiro, o jovem entrou na escola onde sofria bullying e matou vários alunos da sala de aula, após o ato se suicidou, esse foi o grito de socorro do Wellington.   Infere-se, por tanto, que o poder público promova uma maior fiscalização junto com o Conar para que a mídia não estipule padrões, mas ao invés disso que estimule a conscientização da população para a prática de denúncia contra o bullying, através de propagandas e anúncios incentivando esse ato. Somado a isso, o governo deve promover mutirões semanalmente nos bairros com profissionais especializados para atender famílias, agressores e vítimas do bullying. E também, a escola interligada com os pais deve gerar a conscientização sobre as consequências dessa violência através de palestras, oficinas e debates. Pois, segundo Paulo Freire " se a educação não transforma o mundo, tão pouco sem ela a sociedade muda". Assim, poderá haver uma melhora nesse entrave social.