Materiais:
Enviada em: 18/10/2017

Conforme previsto pela Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico do brasileiro – todos são iguais perante a lei, independente da cor, raça ou gênero. Entretanto, os frequentes casos de agressão verbal mostram que muitos indivíduos não experimentam esse direito na prática. Neste sentido, é perceptível que o bullying e seus efeitos são impasses a serem superados pelas instituições educacionais.  O contexto histórico brasileiro indubitavelmente influencia essa questão. A colonização portuguesa trouxe consigo negros que foram reprimidos culturalmente por serem considerados inferiores devido a sua cor. Esse pensamento preconceituoso perpetuou por várias gerações e hoje é presenciado em escolas brasileiras insultos contra essa minoria social, juntamente com deficientes físicos ou mentais e LGBT’s. Segundo pesquisa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), 19% dos casos de agressão verbal nas escolas são contra negros e 17,4% contra homossexuais. Dessa forma, é perceptível que as escolas precisam se reestruturar para que esses dados diminuam e esses grupos sejam respeitados.  Além disso, é importante destacar que o bullying é crime: não é sobre ter a liberdade de expressar um descontentamento ou criticar certa minoria, mas sim a tentativa de imposição do agressor do que é certo ou errado para sua própria vida de acordo com seus entendimentos pessoais acerca do assunto em detrimento dos julgamentos individuais do outro. Esse pensamento etnocêntrico – visão que o agressor tem de que seu grupo é superior à outros - tem como causa a falta de empatia e gera consequências sérias na vida da vítima tais como baixa auto estima, queda em notas, depressão, ansiedade, etc. Assim sendo, medidas fazem-se necessárias para resolver a problemática.  Fica evidente, portanto, que o combate à violência verbal é de suma importância para que se assegure um dos direitos pessoais e, por conseguinte, seu bem estar no ambiente educacional. Desse modo, o governo em parceria com as escolas públicas podem trabalhar com psicólogos de rede pública a fim de promover mais respeito e igualdade nesse ambiente, por meio de aulas temáticas, teatros e debates. Inclusive fazendo parcerias na saúde para que as vítimas dessa agressão façam tratamento psicológico se necessário. Assim, o respeito será base para a construção de um Brasil mais tolerante e preocupado com a garantia dos direitos humanos de sua população