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Enviada em: 19/10/2017

Intimidação sistemática e repetitiva, abrangendo violência física ou psicológica, essa é a definição de Bullying, um problema hodierno na sociedade brasileira. Em suma, o fenômeno envolve a inação social e efeitos extremamente nocivos.   Os grupos agressores tendem a ser populares e agem porque há presença de espectadores omissos. Talvez hoje Albert Einstein percebesse o quão certo estava seu pensamento: o mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade. Nesse sentido, a complacência ou o medo da plateia inativa colaboram com a perduração do Bullying.   Sobretudo, as agressões podem ser responsáveis por várias consequências graves e complexas que, mesmo indiretamente, não se limitam apenas às vítimas. Como exemplo desses efeitos, pode-se citar a evasão escolar, fobia social, problemas psicológicos e tendência suicida. Nessa perspectiva, encaixa-se a ideia sociológica de Sartre: “a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”; tal derrota, abrange todo o tecido social.   Embora dissuadir o pensamento humano seja difícil, combater o Bullying não é uma utopia. Dessa forma, o Ministério da Educação deve investir nas escolas, com a criação de ouvidorias e a contratação de psicólogos com o propósito de viabilizar a identificação de agressores e vítimas e oportunizar a orientação específica para cada grupo. Além disso, deve-se incluir no currículo escolar palestras que informem pais, professores e alunos sobre a gravidade das práticas agressivas. Assim, será possível reforçar valores como tolerância e respeito às diferenças e o Bullying ser intimidado gradativamente.