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Enviada em: 31/10/2017

Pode-se afirmar a necessidade de se combater o bullying no contexto brasileiro contemporâneo, uma vez que essa prática ocasiona sérios prejuízos tanto para as vítimas como para os agressores. Além disso, tal ação também fere os direitos das crianças e adolescentes e é incompatível com uma sociedade democrática. Dessa forma, medidas educativas e governamentais devem ser tomadas a fim de melhorar essa situação.   Diante desse cenário, é relevante citar o filme "Carrie, a estranha", o qual retrata a perseguição sistemática sofrida pela protagonista por ser considerada estranha por seus colegas. Entre apelidos e piadas, o ápice da violência sofrida pela jovem é a humilhação pública a que é submetida no baile da escola. Essa história ficcional ilustra muitas das formas características do bullying que, assim como na ficção, traz graves prejuízos às vítimas e inclusive aos agressores. Entre essas consequências negativas, é importante ressaltar a manifestação de quadros depressivos resultando em isolamento social ou mesmo suicídio. Por outro viés, alguns dos indivíduos que sofrem bullying podem recorrer à violência como forma de se revidar os maus-tratos sofridos. Esse fato é preocupante, pois tem como resultado episódios como o Massacre de Columbine, nos Estados Unidos e os assassinatos cometidos por Wellington Menezes de Oliveira, no Rio de Janeiro.  Ademais, apesar de o Estatuto da Criança e do Adolescente zelar pela integridade física e psicológica das crianças e dos adolescentes e de a Lei Antibullying ter sido recentemente sancionada para conter a prática do bullying nas escolas brasileiras, infelizmente, tal comportamento ainda é muito comum. Assim, esses indivíduos podem ser considerados "cidadãos de papel", como na teoria do jornalista Gilberto Dimenstein, pois gozam de uma cidadania aparente garantida apenas na teoria. Há, ainda, o agravante de muitos familiares e  profissionais da educação negligenciarem a seriedade do problema. Essa fato é evidenciado no documentário norte-americano "Bully", o qual retrata a omissão de alguns pais e escolas por acreditarem ser que o bullying sofrido pelos alunos é apenas uma brincadeira inofensiva.   Portanto, o bullying precisa ser reconhecido como um problema sério a ser combatido. Nesse sentido, o Ministério da Educação necessita evidenciar para os pais, para educadores e para os jovens a gravidade dessa prática por meio de palestras nas escolas destinadas a esse público. Essas palestras devem ser apresentadas por psicológos que apresentem a gravidade dos danos que tal violência pode causar. Além disso, informações sobre a lei Antibullying também devem ser divulgadas nesses eventos a fim de buscar garantir, enfim, a plena cidadania para essas crianças e adolescentes.