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Enviada em: 21/10/2017

Antiética do bullying.     É indubitável que o "bullying" seja um dos contornos de violência que mais crescem no mundo hodierno. Filho da ignorância, como disserta William Hazlitt, esse ato caótico afeta, de acordo estimativas, uma em cada dez pessoas. Tal veracidade societária, proporciona sequelas físicas e mentais em suas vítimas, sendo um ato de caráter social, retrógrado e familiar a ser combatido.       Precipuamente, é sempre bom memorar que, de acordo Émile Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar. Sob tal ótica, o "bullying" - caracterizado como sendo toda ação periódica que fere (fisicamente ou psicologicamente) um indivíduo - é oriundo de atividades determinadas pelo meio, além de influenciado pela lenta mudança do pensamento coletivo. Dessa forma, as famílias, que de acordo Edmund Burke, são fabricas que produzem personalidades humanas, acabam sendo decisórias para constância desse crime.      Outrossim, tal problemática propicia efeitos incoerentes ao corpo social. As vítimas dessa ação covarde, geralmente o público infanto-juvenil que frequenta algum estabelecimento de ensino, apresentam comportamentos típicos desse ato. Stress, transtornos psicológicos, baixa auto-estima, depressão e, em casos extremos, o suicídio, são alguns dos sintomas barbáries desse impasse. Ademais, algumas mártires, injuriadas da humilhação, procuram vingar-se do agressor, suscitando diversos homicídios à sociedade, causados, principalmente por armas de fogo. Embora caótica, essa situação é mutável.     Urge, portanto, a necessidade de medidas - governamentais, coletivas e familiares - que possam amenizar os efeitos dessa prática negativa à esfera pública. Sendo assim, torna-se imperativo que o Estado, especificamente o Ministério da Educação, ofereça as instituições de todo país o "Programa Escola da Inteligência", idealizado pelo Dr. Augusto Cury, com intuito de promover aos alunos uma cultura para o desenvolvimento da inteligência emocional, bem como fortalecer uma saúde psicossocial ativa. As peças midiáticas devem realizar a ficção engajada, realizando campanhas informativas com intuito de conscientizar o corpo social. Por fim, as famílias devem educar e proteger, além de ficarem atentas a qualquer mudança no comportamento de seus membros, tentando, sempre que possível, oferecer um acompanhamento psicológico.