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Enviada em: 19/10/2017

Pranto, agonia, aflição e crianças assassinadas são cenas do Massacre de Realengo. Nesse sentindo, instituiu a data de 7 de abril, como O Dia Nacional do Combate ao Bullying e à Violência na Escola, a data marca o dia da tragédia. Com isso, surge a problemática do preconceito contra o diferente que persiste intrinsecamente ligado à realidade da sociedade, seja pela lenta mentalidade social, seja pela dificuldade de identificação da violência.   Antes de tudo, é possível considerar que, o bullying refere-se a todas as formas de atividades agressivas, verbais, deliberadas e intencionais. Nesse viés, a dinâmica da violência é narrada pelo agressor, vítima e testemunhas. O autor, é quem ataca o alvo supostamente mais fraco, com o objetivo de causar dor, constrangimento e humilhação. De outra parte, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, na obra "Modernidade Líquida", que o individualismo é uma das principais características e o maior conflito da pós-modernidade, e, consequentemente, a parcela do corpo social seja intolerante com indivíduos que rompem com a ordem pré-estabelecida do povo ou com alguma limitação física. Nesse sentindo, um caminho possível para combater a rejeição do "estranho" é desconstruir o principal problema, segundo Bauman: o individualismo, que resulta na aniquilação do diferente na comunidade.    Sob essa conjectura, é cabível enfatizar que, existem dificuldades na identificação dos casos de bullying nas instituições de ensino ou no ambiente de trabalho, pois a criança ou o sofrente esconde dos familiares o acontecido. Sob tal ótica, o alvo é quem lida com a mais doloridas consequências da prática, que vão do estresse ou suicídio, nos casos estremos, passando por baixa autoestima, autoflagelação e evasão escolar. Além disso, menos lembradas, más também afetadas são as testemunhas, que passam por sentimentos de desamparo e culpa por não conseguirem impedir a violência. Assim, para combater o bullying é necessário identifica-ló ativamente.     Urge , portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar os efeitos do bullying. O Ministério da Educação (MEC), carece fomentar práticas públicas, incentivando a repeitar as diferenças, por intermédio de eventos plurissignificativos e  campanhas de incentivo à paz e a tolerância, e envolvendo ainda a formação de professores, por meio de cursos de extensão para lidar com o bullying nas instituições públicas e privadas, desenvolvendo em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos e orientadores. Cabe aos cidadães e familiares, repudiar a inferiorização do indivíduo, através de debates nas mídias sociais, além de cultivar um ambiente que a criança ou o sofrente sinta-se seguro para expor a situação. Assim, observada ação conjunta, construir-se-á uma sociedade plural e justa.