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Enviada em: 02/11/2017

Apesar da palavra bullying, vir da variação de uma gíria da língua inglês, "bully", que significa "valentão", o termo foi cunhado por um professor da Universidade da Noruega em 1970, ao observar que essa ação estava se tornando recorrente em vários lugares do mundo. Entretanto, as dimensões e motivações do bullying tem se tornado catastróficas, e afetado tanto as vitimas como os agressores.        As marcas das agressões psicológicas realizadas pelo bullying podem acompanhar a vitima por toda a sua vida. A revista americana Psychological Science, realizou um estudo que comprovou que além de distúrbios emocionais, como crise de ansiedade e depressão, os alunos que sofrem com o bullying são mais propensos a desenvolver hábitos vicioso como fumar e a ingestão de comidas altamente calóricas, o que eventualmente pode acarretar em problemas como obesidade, alta pressão arterial e variados tipos de câncer. Sendo assim, além de se criar indivíduos inseguros para encarar as intempéries do cotidiano, essa prática também causa desgastes aos sistemas de saúde, que futuramente terão que lidar com essas consequências, decorrentes de hostilidades realizadas no passado.       Outra implicação a se observar é que os agressores também são afetados nesse processo, pois  utilizam do bullying como uma maneira de se protegerem de suas próprias debilidades, por não possuírem acompanhamento psicopedagógico . Para ilustrar, em 2016, o governo Chinês fez um estudo para observar o perfil dos alunos que ofendiam os outros, e constataram que, em sua maioria, os adolescentes que praticavam o bullying possuíam algum tipo de instabilidade familiar, que variavam desde país ausentes, em consequência da jornada de trabalho, à  familiares violentos que abusavam psicologicamente e fisicamente de seus parentes. Conseguinte, os "bully" (opressores) descontam suas frustrações em indivíduos que apresentam alguma diferença ou fragilidade social, resultante de intolerância e preconceitos, como por exemplo aqueles de etnias e sexualidade divergentes.       Diante de tais fatos vê-se a necessidade de amenizar as implicações do bullying, por meio de programas corretores elaborados pelo Ministério da Educação e Cultura, aplicados em escolas de nível médio e fundamental, que utilizem de equipes compostas por profissionais da psicologia e relacionamento humano, para instruir e escutar os alunos que sofrem e praticam o bullying, oferecendo um papel de arbitrariedade e equilíbrio, por meio de palestras e acompanhamentos particulares, para que todos os envolvidos no processo possam ser atendidos. Adicionado a isso, a mesma equipe pode oferecer trabalhos que ultrapassem os muros das escolas, alcançando as famílias das vitimas e dos agressores, para que esse hábito possa ser dissolvido pela tolerância.