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Enviada em: 21/10/2017

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim,a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico" por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que o respeito e os direitos dos cidadãos sejam garantidos para a sua proteção. Contudo, na sociedade contemporânea, isso não ocorre, pois a prática do bullying está gerando diversas vítimas e provocando transtornos para a vida dos indivíduos.Esse quadro de hostilidade é fruto,principalmente, de uma sociedade que não sabe lidar com as diferenças e pelo descaso dado a essas situações, consideradas como "brincadeiras."      Em primeira análise, a escola sendo o principal local de contato social formada por diversos indivíduos diferentes, torna-se precursora das práticas do bullying. Dessa forma, os estudantes sem uma orientação devida pelos familiares e educadores tratam de forma pejorativa, agressiva e repetitiva suas vítimas, por essa não compartilhar, muitas às vezes, de grupos ou por não se encaixarem nos estereótipos predefinidos pelos agressores. Um exemplo marcante gerado pelo bullying no Brasil, ocorreu em Realengo em uma escola pública no Rio de Janeiro, em que um ex-estudante disparou cem tiros contra diversos alunos com a intenção de "vingar-se" dos maus tratos recebidos por seus colegas, na época de escola.       Em detrimento dessa questão, parte da população global trata essas práticas como "brincadeiras", assim naturalizando esse quadro e tornando-o presente na contemporaneidade. Nesse sentido, as empresas de jogos estimulam essas práticas agressivas ao lançarem games que influenciam a hostilidade e a violência entre indivíduos, haja vista que ao entrarem nesse universo, se habituam a repetir no mundo real essas atitudes. Um exemplo disso, foi o jogo Bully criado nos EUA e disseminado por todo o globo, por retratar histórias de estudantes que usavam a violência e agressividade para se promoverem na escola. No entanto, o que os jogos não mostram, são as consequências geradas na vida da vítima: depressão, fobia social e até o suicídio.        Destarte, para que a sociedade seja mais articulada como um "corpo biológico" combatendo de forma eficaz o bullying, é imperativo que o Governo, na figura da esfera municipal, promova em parceria com o Ministério da Saúde centros de atendimento multidisciplinar com médicos e psicólogos, a fim de amparar as vítimas, assim restaurando o seu equilíbrio emocional. Ademais, as instituições educacionais devem realizar debates periódicos na presença de psicólogos especializados na área para pais e alunos,apresentando os malefícios do bullying, dessa maneira, combatendo o bullying na sociedade contemporânea.