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Enviada em: 21/10/2017

Uma pedra no meio do caminho  De acordo com Sigmound Freud, o criador da psicanálise, os eventos da infância ficam registrados no inconsciente e te marcam pelo resto da vida. Nessa perspectiva, é fundamental analisar as práticas de intimidação sistemática (Bullying), que tem ocasionado sérias consequências para as vítimas - em sua maioria crianças e jovens - e acontece principalmente dentro das escolas.   É fato que violência e educação não combinam, e por estarem coexistindo dentro das salas de aula tem abaixado o rendimento escolar e prejudicado o aprendizado de muitos alunos. Sendo relevante ressaltar também, que o próprio corpo docente e gestor das instituições são os principais facilitadores dessa situação, por omitirem em grande parte e tratarem com naturalidade maus tratos disfarçados de brincadeiras entre estudantes.  Para além disso, e seguindo o pensamento determinista, o homem é produto do meio em que vive, e no Brasil por ser uma sociedade capitalista há uma forte influência de padrões estéticos e financeiros, por meio da mídia, que excluem e oprimem os indivíduos que não se encaixam nesses protótipos. Logo, essa ideologia é imitada dentro dos colégios alimentando as práticas de Bullying.  Outrossim, em 2017 completou um ano da criação da Lei contra essa intimidação sistemática, contudo apenas medidas de conscientização se mostraram ineficazes, já que, ataques em escolas com o uso de arma de fogo por alunos, vítimas desse problema, já tem sido reportadas no Brasil, além de suicídios e automutilações.  Sendo assim, medidas são necessárias para resolver esses problema de maneira eficaz. Primeiramente, o Congresso deve criar projetos de leis punitivas para a prática e omissão dessa violência, e o Ministério Público atuar logo em seguida na investigação dessas ocorrências nas escolas e execução dessas leis, a fim de deixar os agressores temerários em relação a continuar praticando o Bullying e as escolas menos passivas diante desse contexto. Ademais, a mídia deve ampliar campanhas de valorização às diferenças e respeito ao próximo recorrendo a propagandas, novelas, comercias, entre outros meios, com o propósito de incentivar as pessoas a conviverem melhor em ambientes em que nem todos são iguais. Por conseguinte, parafraseando Carlos Drummond de Andrade, retiraremos a pedra da intolerância social do caminho das instituições de ensino brasileiras.