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Enviada em: 28/09/2018

2018 marca o ano de novas eleições presidenciais no Brasil, em meio a um cenário de crise política. Após uma série de acontecimentos polêmicos, como o impeachment de Dilma Roussef, muito se discute acerca da influência das redes sociais na democracia e no processo eleitoral. Nesse sentido, fatores administrativo e cultural expressam os principais impactos dessas ferramentas na contemporaneidade.     É importante pontuar, de início, a vulnerabilidade das informações que circulam na internet. A exemplo das eleições nacionais de 2014, é possível compreender a dificuldade do debate político em virtude da enorme quantidade de notícias falsas. A partir da alteração de dados ou até mesmo da invenção de acontecimentos,  essas informações são rapidamente disseminadas e tidas como verdade por muitas pessoas. Um recente estudo da Universidade de Oxford afirma que 48 países já foram atingidos por esse fenômeno, o que ratifica um risco concreto à democracia moderna.     Entretanto, é válido ressaltar os benefícios trazidos pelo uso desses mecanismos. O alcance das redes sociais possibilita às minorias uma chance mais justa de participar efetivamente. A youtuber Jout Jout, por exemplo, viralizou a partir de um vídeo caseiro em que discutia machismo e relacionamentos abusivos, o que gerou uma série de discussões na internet. No que se refere às eleições, essas ferramentas auxiliam na organização de partidos menores, bem como no diálogo e na mobilização entre eleitores.     É inegável, portanto, a relevância de fatores administrativo e cultural na temática supracitada. Nesse viés, é dever da mídia, em parceria com as ONGs, alertar a população sobre os riscos das notícias falsas que circulam diariamente. A partir de chamadas nos veículos de comunicação, a ideia é incentivar a busca por site confiáveis, confirmar o que foi lido em outros portais e denunciar veículos que disseminem fake news. Somente assim, é possível aproveitar os benefícios das redes sociais na democracia.