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Enviada em: 26/10/2018

Nas eleições de 2018, além das mídias tradicionais, o eleitor brasileiro tem a opção de acompanhar seus candidatos pelas redes sociais, mas diferente das mídias tradicionais o poder influenciador da internet é extremamente inferior, devido a seleção dos conteúdos que aparecem na linha do tempo do usuário, além disso as redes sociais fomentam ainda mais a polarização entre extremos.        A fim de agradar os usuários, as redes sociais são programadas para só exibirem postagens relacionadas com base no histórico de curtidas dos utilizadores, ou seja, conforme o período eleitoral se aproxima, os amigos de alguns utentes começam a expor suas opiniões e compartilhar informações relacionadas a candidatos que apoiam, porém, estes utentes, em sua maioria, só curtiram postagens equivalentes com o seu pensamento.        Por consequência ao explicitado acima, à medida que candidatos com grande taxa de rejeição sobem ao topo das pesquisas e a data da eleição se aproxima, manifestações populares contrárias a eles se tornam mais fortes, nesse cenário a propagação de notícias falsas, que muitas vezes disseminam o ódio, se torna recorrente, fortalecendo o discurso de ódio e polarizando as discussões, visto que as bolhas sociais já estão formadas pelas próprias redes.       Certamente, grande parte do eleitorado já tem sua opinião formada acerca dos candidatos, tornando assim a polarização um caminho apenas de ódio, a única maneira de transformar essa guerra em um diálogo prospero para o Brasil é debater ideias, se ao invés dos militantes das redes atacarem os candidatos que as desagradam espalhassem as ideias e propostas defendidas pelo seu candidato, a chance de atrair eleitores para o mesmo seria muito maior.       Todas as vezes que se toma uma decisão baseada no ódio, a chance de o resultado dessa decisão ser ódio é elevada, as redes sociais se mostraram um lugar hostil, onde pessoas dificilmente mudarão de opinião e só alimentarão a repulsa, convertendo um diálogo que deveria ser produtivo a sociedade em algo prejudicial.