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Enviada em: 01/10/2018

Em vez de GIFs e montagens desejando um bom dia no grupo de família do Whatsapp, nesta época de eleição, acorda-se com "textões" em maiúsculas e negrito que buscam "informar" a população acerca de candidatos e partidos. Essa prática, junto de perfis falsos e uso ilegal de dados de usuários em redes sociais, é, muitas vezes, utilizada como forma de disseminação de fake news contra cidadãos desavisados. Frente ao número exponencial de brasileiros online nos últimos anos, tal manipulação da opinião pública é preocupante e exige medidas que a extinguam.       Em primeiro lugar, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, cerca de 48 países já possuem histórico de crimes eleitorais na internet, os quais incluem desde correntes em aplicativos de comunicação até a venda do registro de acessos de internautas para terceiros, a fim de intensificar a apresentação de anúncios direcionados e criar uma "bolha social" ao redor do usuário.    Ademais, essa conduta prejudica os eleitores mais jovens, principalmente adolescentes, que possuem mais chance de serem influenciados por propagandas digitais e não checarem fontes e/ou os fatos apresentados.       Devido a isso, o Tribunal Superior Eleitoral estabeleceu uma legislação oficial para a clarificação do que é permitido no mundo online durante estas eleições. Entretanto, os esforços para conter essa problemática não devem parar por aí.        Assim, o próximo passo poderia ser a implementação de uma parceria entre o governo e as redes sociais mais proeminentes a fim de expandir campanhas de conscientização à população. Meios para tal incluem conteúdo multimídia oficial nos feeds de usuários, palestras em escolas e faculdades e estímulo a iniciativas educativas imparciais, tais como o Politize!. Desse modo, a proteção ao eleitor e os princípios da democracia serão assegurados.