Materiais:
Enviada em: 02/10/2018

O acesso a internet no Brasil tem crescido nos últimos anos, sobretudo tangente ao uso das redes sociais. É válido salientar que essas ferramentas afetam diretamente a política nacional devido a elas serem um meio mais democrático de propagação de ideias em relação ao rádio e a TV, todavia elas também estão sendo usadas no contexto eleitoral para a propagação de "fake news" com o intuito de prejudicar campanhas adversárias, além das manifestações extremistas.    Sendo assim, atualmente, 70% dos domicílios brasileiros possuem acesso a internet, segundo o IBGE, e de acordo com a mesma pesquisa, em mais de 60% do casos a interação é direcionada as redes sociais como Facebook, Twitter e Whatsapp, resultando em mais de 120 milhões de contas ativas no último ano no Brasil, dados esses divulgados pelas próprias empresas.    Dessa forma, aproveitando a democracia propiciada pelos meios de comunicação virtuais e a quantidade cada vez mair de "cyber internautas", candidatos a Presidência da República usam esse espaço para divulgar seus planos de governo. Não atoa, primeiro e terceiro colocados nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro, do PSL, e Ciro Gomes, do PDT, são os mais mencionados na internet nos momentos de debate ao vivo, segundo o Twitter.    Entretanto, a mesma mídia liberal é utilizada para disseminar notícias falsas sobre adversários políticos e assim tentar manchar as suas reputações. Um caso bastante discutido é o do chamado "kit gay", dito pelo candidato Jair Bolsonaro, em suas mídias oficiais, como um livro didático  para crianças aprenderem a fazer sexo, em uma clara tentativa de minar as campanhas progressistas, um verdadeiro caudilhismo político-virtual, entretanto, o Ministério da Educação desmentiu o boato do deputado.    Ademais, diversas pessoas escondem-se por trás da relativa privacidade e do clima eleitoral para propagar ideias radiciais da extrema-direita, como foi o caso do coordenador de campanha e filho do presidenciável do PSL, no qual uma postagem sua nas redes sociais fazia clara apologia à tortura, ao mostrar um indivíduo com um saco plástico no rosto e sangrando.    É necessário, portanto, que o Tribunal Superior Eleitoral possa agir de duas formas: primeiramente, deve fiscalizar o uso das postagens dos candidatos em suas contas oficiais nas redes sociais, tonando o ambiente mais seguro para os eleitores, tendo em vista a dimensão conseguida pela internet nas campanhas políticas. Em segundo lugar, é imprescindível a criação de um site oficial responsável por desmentir "fake news" e discursos de ódio criadas na internet tanto pelos candidatos quanto pelos seus militantes, garantindo o voto idôneo e sem influências mentirosas aos eleitores. Tudo isso é fundamental para as eleições e a vida democrática.