Materiais:
Enviada em: 05/10/2018

O Barroco, corrente literária século XVI, marcou com dualidades não só arte, como também a sociedade. Meio milênio se passou desde então, entretanto, o perfil dualista ainda revela imponência no Brasil pós-moderno: as redes sociais são tanto ferramenta de manipulação quanto de politização, especialmente em época de eleições. Cabe, desse modo, uma reanálise conjuntural.      É válido ressaltar, em primeira instância, o potencial das mídias sociais para a influência de massas. Em função da grande acessibilidade e do fácil poder de viralização, é comum que não somente discursos, mas também as fake news — notícias falsas — sejam popularizadas, fatores esses que afetam diretamente contexto eleitoral. Uma vez que essas manobras são amplamente utilizadas para que pessoas comprem ideias e posicionamentos, são dificilmente contestadas, já que têm um tom de veracidade; exemplo disso é o processo movido contra o Facebook, no qual investiga-se a possibilidade de interferência nas eleições presidenciais americanas de 2016.     Em contraponto, é fundamental destacar o papel politizador que esses veículos podem assumir. Por conta da popularidade e dos vínculos estabelecidos, a capacidade de mobilização social é catalisada pelos movimentos de militância e conscientização, que culminam em uma comunidade mais participativa, informada e que busca por direitos e representatividade. Exemplo disso é o recente movimento social "Ele Não", organizado e propagado virtualmente, com fim de protestar contra o presidenciável Jair Bolsonaro.      É fundamental, portanto, ressaltar a importância das redes sociais para promoção de debates políticos saudáveis. Para isso, é necessário que o MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) tenha sua influência ampliada, por meio da criação de portais para denúncia popular e consequente averiguação das informações veiculadas nas redes, a fim de reduzir os impactos das inverdades disseminadas. Além disso, é necessário reafirmar a responsabilidade da escola na formação desenvolvimento do senso crítico e consciência social, por meio da promoção regulager palestras e discussões, a fim de estimular a moldura de uma sociedade mais racional e democrática. Dessa forma, será possível inclinar o cenário político a um afastamento da identificação paradoxal seiscentista e à uma aproximação do racionalismo renascentista