Materiais:
Enviada em: 01/11/2018

Como demonstra Yuval Harari, em seu livro, Sapiens, o homem é um animal social, e como tal, começou a exercer a sua habilidade linguística, tanto de fala, quanto corporal, de maneira mais intensa e eficaz desde a revolução cognitiva. Em consonância, tal característica voraz é explicitada na Roma antiga, onde que, mesmo não dispondo de vultosas tecnologias, membros da elite romana trocavam constantemente diversas mensagens acerca da política, filosofia, economia e dentre outros ramos com seus semelhantes. De maneira análoga, a partir dos novos inventos e facilitações provenientes da terceira revolução industrial, no Brasil, percebe-se um vultoso afloramento das mídias sociais e seus impactos no meio social, principalmente no que tange as suas influências no escopo político.    Primeiramente, após o período de universalização das redes, ou seja, o momento pelo qual o uso das redes se intensificou e se difundiu através de novos mecanismos de ordens tarifárias e computacionais que fomentavam uma maior inserção social, houve uma maior integração da sociedade no âmbito digital, principalmente nas mídias sociais. O que comprova tal realidade, são as recentes pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa de Opinião, que atestou o incremento, nos últimos anos, dos usuários de mídias sociais, acompanhado de um maior acesso à Internet. Demonstrando assim, a importância que tal meio oferece no mundo contemporâneo, portanto.    Outrossim, com o aumento constante do usufruto das redes por parte da população, um revés de grande impacto para a política, sobretudo para as eleições, que pode sobrevir é o advento das "fake news", notícias falsas geralmente encontradas em mídias sociais e de conversação desprovidas de fontes verossímeis, que apresentam como principal finalidade, a busca pela alienação do tecido social, imputando-o a acatar decisões que são apenas favoráveis a grupos de interesses. O que corrobora tal tese, é a recente pesquisa realizada pela CNT, que comprovou que cerca de 80% dos brasileiros acreditam naquilo que leem, e boa parte desses, sequer chegam a verificar as fontes do meio pelo qual estão contraindo aquela informação.      Em virtude disso, como a preponderante utilização das redes sociais trazem impactos, principalmente na esfera político-social, cabe as instituições federais, juntamente com a sociedade civil, averiguarem as influências de tais meios e verificá-las se elas são provenientes de informes pouco verossímeis, e se forem, serem alocadas para as forças legais, como o juizado, na qual, esse, baseado no código penal, analisaria a passividade de crime ou não. Dessa maneira, garantir-se-ia as liberdades civis no mundo digital, assim como a lisura do escopo democrático.