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Enviada em: 08/10/2018

Nos últimos anos, a quantidade de pessoas que acessam a internet e as redes sociais aumentou no Brasil e no mundo. A profusão dessas ferramentas trouxe consigo novas oportunidades de interação e recreação, mas também novos problemas e preocupações. Entre eles está a difusão de conteúdos políticos forjados por indivíduos ou grupos com objetivos ideológicos distorcidos, que por vezes acabam tornando-se uma ameaça a direitos e a democracia.       O filósofo polonês Zygmunt Bauman afirmou que as redes sociais podem ser muito prazerosas, mas ao mesmo tempo são um perigo. Seu pensamento está alinhado ao fato delas terem conquistado a atenção e a credibilidade das pessoas de forma lúdica mas que, entretanto, tem sido cada vez exploradas de forma maliciosa, com finalidades políticas, através da disseminação de informações falsas e notícias difamatórias, capazes de influenciar negativamente a opinião e o discernimento das pessoas.       Para agravar a situação, por se tratarem de recursos e fenômenos relativamente recentes, a população em geral ainda não teve tempo de desenvolver críticas adequadas para se defender das tentativas de manipulação ideológica. Isso pode ser verificado nos dados de pesquisa encomendada pela revista Veja em 2018, os quais apontam que apenas 37% das pessoas já tinham o hábito de checar a origem das informações que recebiam ou transmitiam. Um número muito baixo.       Solucionar definitivamente o problema é complexo, pois a internet é um ambiente de muita liberdade. Para minimizá-lo, cabe à Justiça Eleitoral manter e intensificar o monitoramento das redes sociais no sentido de eliminar informações falsas de cunho político e aplicar as devidas sanções aos responsáveis. As escolas e as famílias devem avocar e tratar o tema com as crianças visando formar pessoas conscientes e mais resistentes à esse tipo de manipulação. Finalmente, as organizações responsáveis pelas redes sociais devem combater as notícias falsas e auxiliar o poder público e na identificação dos responsáveis, para possibilitar a aplicação da lei.