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Enviada em: 16/10/2018

A tecnologia traz consigo diversos benefícios, sendo um dos principais o acesso a informação e a liberdade para expor opiniões. Contudo, no Brasil, as redes sociais — frutos dessas tecnologias — vem utilizando nessas eleições essa liberdade para manipular opiniões políticas, compartilhando notícias falsas e também impondo ideologias, que por consequência agravam a polarização ideológica no país.       Sendo assim, é factível ressaltar que as notícias falsas são uma consequência dos tempos modernos e que é de responsabilidade do leitor possuir um senso crítico para analisa-las e buscar sua veracidade. Porém, com a facilidade para se compartilhar notícias nas redes sociais, poucos são os que se atentam a criticar o que esta escrito, alguns por não se importarem o suficiente para buscar a verdade e outros por simplesmente não possuírem senso crítico. Essas notícias em épocas de eleição geralmente estão difamando ou exaltando um candidato, alterando assim a opinião pública e indo, mesmo que indiretamente, contra a democracia.             Além disso, essas redes sociais — principalmente o facebook — também são responsáveis por polarizar ainda mais a opinião pública. "Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais. O excesso de gente me impede de ver as coisas", essa frase do poeta brasileiro Mario Quintana serve como base para analisar a dificuldade da população em encontrar uma ideologia, haja visto que existe uma necessidade do cidadão posicionar-se politicamente, descobrir a grupo político ele pertence. Tal dificuldade se agrava ainda mais quando o indivíduo é apresentado ao extremismo presente em redes sociais, a imposição do que é certo e errado, onde nada é relativo.             Sendo assim, portanto, é perceptível que medidas devem ser tomadas para resolver essa problemática. É dever do Governo, juntamente com o TSE (tribunal superior eleitoral) e o Ministério da Educação acabar com a propagação de noticias falsas e a imposição de ideologias extremistas nas redes sociais, fazendo isso por meio de uma maior fiscalização dos conteúdos publicados na rede e tornando obrigatório o ensino das disciplinas filosofia e sociologia nas escolas, com a finalidade de orientar o indivíduo em sua formação ideológica, tornando-o um cidadão apto à participar da política.