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Enviada em: 14/10/2018

Desrespeito; intolerância; imoralidade; essas são as palavras chaves do que tem acontecido na atualidade brasileira no que se refere às redes sociais no ano eleitoral. As eleições de 2018 tornaram-se marco do individualismo e egoísmo, já que as redes sociais deixaram de ter papel construtivo nas discussões políticas. Nesse sentido, a violência virtual e a imoralidade nos "bate-bocas" online configuram-se como a decadência da sociedade brasileira.     Em primeiro lugar, deve-se considerar a violência e o discurso de ódio no Twitter, Facebook, Instagram e outros. Dentro desse cenário, as eleições de 2018 revelou-se um evento de ódio gratuito e agressões virtuais, entretanto, a violência saiu das redes sociais: passando do virtual para o real. Seguindo essa linha de raciocínio, há o caso de Moa do Katande, divulgado pela Folha de São Paulo, aonde o mestre de capoeira foi assassinado a facadas por uma opinião divergente do agressor, contribuindo para o ambiente de medo e instabilidade. Logo, reverter esse quadro de desrespeito, intolerância e falta de empatia é essencial à efetivação da democracia.    Além disso, as opiniões diferentes entre a população são tratadas com imoralidade e agressões. Nesse contexto, surgiu o movimento “Ele não”, cujo objetivo é protestar contra o fascismo e o desrespeito presente nas eleições, contudo, muitas pessoas que aderiram a essa hashtag foram ameaçadas. Prova disso são as intimidações sofridas pela cantora Marília Mendonça, a qual apoiou a causa supracitada, que de acordo com a Revista Veja, foi alvo de constantes ameaças de morte. Em suma, atitudes como essas ferem gravemente o que foi constituído pela Carta Magna brasileira, porque a mesma, garante a segurança e o respeito entre indivíduos enquanto ser social.    Urge, portanto, a necessidade de modificar o papel das redes sociais nas discussões políticas contemporâneas. Para isso, é dever do Governo, aliado ao Ministério da Segurança Pública, criar linhas de atendimento e delegacias direcionadas a esses casos, a fim de punir corretamente as agressões físicas e virtuais, melhorando, assim, a segurança da população. Somado a isso, cabe à Mídia, em conjunto com o Ministério da Educação, promover campanhas de tolerância à divergência de opiniões, por meio de debates escolares e sociais, mostrando que é possível denunciar ameaças e agressões, visando eliminar a possível intolerância e construir o sentimento de empatia com o outro. Por fim, as discussões políticas tornar-se-ão saudáveis e positivas.