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Enviada em: 09/10/2018

Em décadas anteriores, cidadãos de todo o mundo acompanhavam e debatiam política por intermédio de jornais impressos, rádios e televisões. Contudo, após a ascensão e hegemonia da internet e das redes sociais no contexto da globalização, nota-se uma atual revolução informacional no modo de produzir e discutir política.  Na presente eleição no Brasil, as redes sociais estão sendo fundamentais pela facilidade de comparação e compartilhamento de ideais, valores, feitos e propostas de cada candidato. Da mesma maneira, permitem a criação de grupos e eventos que podem, rapidamente, reunir milhares de membros, sendo estes ou favoráveis ou contrários à um determinado candidato ou ideologia. Nesse sentido, o eleitor hodierno não mais apenas assiste os debates políticos, como, agora, participa ativamente da produção política, com publicações e comentários diretamente nas páginas e perfis dos candidatos.  Entretanto, estas facilidades estão cada vez mais vinculadas à propagação de notícias falsas, em que, muitas vezes, o eleitorado confia piamente, sem checar a veracidade das informações em outras fontes. Além disso, tais meios favorecem o efeito de "bolhas sociais" - conceito sociológico contemporâneo em que o indivíduo recorre à publicações e grupos que apenas fomentam opiniões já consumadas anteriormente - dificultando que o eleitor possa ter uma ampla visão sobre um assunto específico.  Dessa forma, em eleições políticas cada vez mais polarizadas, é imperioso a adoção de medidas que visem combater tais problemas. Cabe ao eleitor-cidadão buscar fontes confiáveis e diversificadas à respeito de informações políticas, além das mídias sociais, com autores de publicações, livros, pesquisas ou sites renomados e que apresentem coerências, objetividades , dados estatísticos e bibliografias, promovendo eleitores ativos e bem informados. Por fim, a partir dessas ações, espera-se promover indivíduos  cada vez mais conscientes e capacitados na escolha de seus representantes políticos.