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Enviada em: 10/10/2018

O surgimento das redes sociais garantiu à sociedade uma maior democratização no acesso a informação. Considerando o atual cenário político, percebe-se que esse acervo de conteúdo exerce papel fundamental na formação da opinião social. Entretanto, indústrias que se profissionalizaram em propagar notícias falsas, estão mascarando e denegrindo a imagem dessa biblioteca virtual, tendo em vista a conjuntura de dúvidas e incertezas criada por elas na sociedade.    Primeiramente, é de fundamental importância ressaltar o aspecto positivo das redes sociais nas eleições, afinal, elas propiciam aos eleitores acesso aos planos de governo dos candidatos e aos seus históricos políticos, permitindo, assim, uma melhor avaliação por parte da população. Contudo, imerso a esse mar de informações, estão as milionárias indústrias propagadoras de Fake News, desenvolvendo um trabalho calculado e estrategicamente propagado.    Em 2018, a universidade de Oxford, no Reino Unido, divulgou um estudo que demonstrava considerável aumento nas manipulações políticas feitas através das redes sociais. Esse tipo de ação, que busca denegrir opositores, acaba por influenciar uma camada da população que não possui senso crítico, levando-os a compartilhar uma determinada informação falsa, tornando assim o processo cíclico.    Em síntese, percebe-se que as redes sociais são essenciais para uma maior consciência eleitoral da população, no entanto, as Fake News precisam ser energicamente combatidas. Inicialmente, em caráter emergencial, é necessário que as delegacias virtuais exerçam um maior monitoramento sobre a proliferação de notícias falsas, investigando e punindo, no âmbito virtual e social, os propagadores da informação. A longo prazo, cabe ao MEC trabalhar desde o ensino básico o desenvolvimento do senso crítico dos alunos, através de palestras e atividades que incentivem a leitura, visando desenvolver uma sociedade maior capacidade de discernimento.