Materiais:
Enviada em: 11/10/2018

Intolerância, violência, inimizades. Esses são alguns exemplos dos problemas encontrados na sociedade em virtude das discussões sobre eleições nas rede sociais, uma vez que isso tornou-se presente no Brasil contemporâneo. Ademais, a ineficácia do Estado e o aumento das discussões infundadas, sem medir as consequências dos atos, contribuem para que o problema persista. Logo é necessário adotar medidas eficazes para reverter tal situação.        Em primeiro plano, é indubitável que a falta de estrutura do governo para fiscalizar as notícias divulgadas influencia nas discussões. Nesse sentido, segundo John Locke, o Estado é responsável por garantir e proteger os direitos do cidadão, como à vida e à liberdade. Sob tal ótica, nota-se a ineficácia do governo brasileiro para fiscalizar e garantir os direitos dos cidadãos de utilizarem as redes sociais para expressar suas opiniões, como a opção de escolha de um determinado candidato, sem que haja discussões exageradas tanto presencialmente quanto virtualmente. Como resultado disso, presencia-se o aumento da intolerância com as divergências de opiniões e, assim, irá gerar violências presenciais e, com isso, desencadear novos gastos públicos para contornar tal problema.        Outrossim, é inegável que o aumento dos debates virtuais com notícias falsas, sem medir as consequências dos atos, acarreta continuidade do problema. Nesse contexto, conforme pesquisa divulgada pelo portal G1, em setembro de 2018, verifica-se que 6 em cada 10 notícias sobre política divulgadas nas redes sociais são falsas. Desse modo, o aumento da divulgação dessas inverdades, como pesquisas falsas e ações não executadas pelo candidato, desencadeia discussões sem prazo de término, uma vez que cada cidadão acredita ser o único correto sobre o assunto. Como resultado disso, em analogia às palavras do físico Issac Newton, o qual relata que toda ação em corpo gera uma reação, as discussões infundadas irão acarretar inimizades e, dessa forma, o cidadão poderá desenvolver problemas psicológicos e, com isso, sobrecarregar as unidades públicas de saúde para reverter tal mazela.        Fica evidente, portanto, que intervenções são necessárias para modificar tal panorama. De maneira que é urgente que o Ministério da Comunicações crie um órgão único para fiscalizar e controlar as ações sobre os debates eleitorais. Tal ação deve ocorrer por intermédio de leis mais severas e criação de um banco de dados das notícias, tais como punir quem divulgar inverdades e disponibilizar o banco de dados para verificar se a notícia é verdadeira ou não, a fim de reduzir discussões incorretas. Afinal, somente com a formação do senso crítico é possível transformar índices negativos em uma sociedade com um futuro melhor.