Materiais:
Enviada em: 11/10/2018

Na ditadura da Coreia do Norte, o acesso à internet é extremamente regulado e quase impossível para a população. Nesse sentido, vê-se como esse artefato é fundamental para a democracia atualmente, embora possa, também, ser utilizado em sentido contrário a esse ideal. Diante disso, é fundamental analisar as influências positivas e as negativas das ferramentas online no processo eleitoral.        No que concerne à problemática, as redes sociais permitem a existência diversificada de mídias alternativas que objetivam a democratização das informações. Nessas situações, reduz-se o monopólio das grandes mídias e permite ao eleitor uma gama de perspectivas que possibilitam tomadas de decisões mais fundamentadas. Não é à toa, portanto, que membros do Movimento Brasil Livre, grupo que conquistou seu público principalmente através de sites como o Youtube, foram eleitos deputados recentemente com quantidade histórica de votos.        Por outro lado, o ambiente de liberdade cibernética permite, também, que pessoas publiquem informações falsas de modo a beneficiar outrem. Isso ocorre pois, na internet, cria-se, embora errôneo, um sentimento de anonimato e impunidade. Com isso, é comum ver, por exemplo, atribuições falsas a indivíduos de forma a prejudica-los, como ocorreu com o presidenciável Jair Bolsonaro, que foi acusado, sem provas, de ameaçar metralhar a favela Rocinha. Consequentemente, o eleitor pode, por vezes, basear-se em notícias infundadas e precipitar em suas decisões.        Fica clara, portanto, a necessidade de se combater a disseminação de mentiras em redes sociais para o pleno exercício democrático. Para isso, o Tribunal Superior Eleitoral, em parceria com representantes de órgãos privados de comunicação como o Facebook, deve criar agências fiscalizadoras e canais de denúncias para boatos destinados à população, por meio da contratação de agentes que se comprometam com a verdade e neutralidade, de modo a garantir a veracidade daquilo que circula nas redes com uma verificação atenta. Sendo assim, o país afasta-se da ameaça de possíveis ditaduras e concretiza seu estado democrático de direito.