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Enviada em: 12/10/2018

Com a Terceira Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do século XX, muitos avanços foram trazidos para a humanidade, principalmente no que concerne a rápida e ubíqua dissipação de opiniões de uma pessoa para outra. No entanto, na atualidade o grande fluxo informativo tem potencializado o modelamento de muitas concepções do que é o ideal para uma sociedade, assim, como resultado de tal processo, destaca-se a profunda influência dos meios comunicacionais sobre as eleições por todo o mundo.    Nesses termos, é observável que em países, como o Brasil e os Estados Unidos da América, o resultado das últimas eleições foram majoritariamente submetidos a influência das redes sociais. Como prova desse fenômeno, pode-se demonstrar o alto nível de renovação dos atores políticos no Sudeste brasileiro e a substantiva renovação do Executivo norte-americano, elegendo, após 8 anos de hegemonia do Partido Democrata, Donald Trump, um candidato do Partido Republicano. Esses resultados, aliado a ascendente participação das pessoas nas redes sociais, demonstram o grande poder de coação indivídual que a internet adquiriu nos últimos anos.   Supracitado alguns dos elementos que compõem a temática proposta, vale ainda mencionar o aspecto desleal que a proximidade entre políticos e eleitorado pode causar, uma vez que a internet possibilita uma relação estreita entre candidatos e o público. De acordo com uma pesquisa realizada pela universidade de Oxford, em 48 países as eleições tiveram influências de partidos políticos que, manipulando as notícias partidárias a seu favor, buscavam a persuasão dos seus eleitores. A pesquisa citada nos autos, demonstra ainda que nos países da América Latina esse fato é mais recorrente, o que indica uma ausência de preparo dos provedores de internet para filtrar as informações veículadas na grande rede.    Assim sendo, faz-se necessária a ação governamental para a criação de medidas políticas que visem a maior quantidade de felicidade possível, parafraseando Jeremy Bentham. Portanto, o Ministério da Educação deve implantar no calendário público federal o ensino de filosofia política para os alunos, com o objetivo de desenvolver no eleitorado uma reflexão mais aprofundada dos elementos constitutivos da política de cada Estado, com isso, impediria-se a total subversão das pessoas para com o bombardeamento informativo nas redes sociais. Ademais, o Governo Federal pode fortalecer as instituições de regulamentação dos provedores de internet, com a finalidade de pressioná-los a desenvolverem melhores algorítimos de filtro contra notícias políticas inverossímeis. Fazendo-se isso, o Brasil estaria no caminho certo para alcançar uma política saudável e ideal.