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Enviada em: 17/10/2018

Durante a República velha, o voto no Brasil além de ser aberto, também sofria influência do Coronelismo, que com o voto de cabresto, coagia eleitores a votar em quem fosse favorável aos fazendeiros e militares. No contexto contemporâneo, décadas depois, o processo eleitoral no país sofreu diversas mudanças, e hoje não sofre mais influência dos coronéis, mas sim das redes sociais. Estes sites que conectam pessoas do Brasil inteiro possui um papel que muitas vezes se mostra negativo nas discussões políticas, pois embora promova um debate, estes muitas vezes não têm diversidade, além de serem baseados em discursos que faltam com a verdade.  A internet é um fenômeno do século XXI, e promove a democratização do conhecimento, uma vez progressivamente, mais pessoas têm acesso à estudos, notícias e informações. Dados de uma pesquisa realizada pela Ipsos e Fecomércio-RJ de 2016, mostra que neste ano, 70% dos brasileiros tinham acesso à internet, e deste número, 90%, usam redes sociais. Nestas redes sociais, os usuários divulgam fotos, "memes", e também compartilham noticias que acham relevantes, contudo, o compartilhamento de "fake news" não é benéfico para as eleições. Fake news são notícias falsas, que podem promover ou rebaixar a campanha política de determinados candidatos, e é o que de fato está acontecendo. Tanto partidos de direita, como de esquerda, compartilham noticias falsas tanto para favorecer suas campanhas, como para prejudicar o adversário. Logo, fica claro que as redes sociais que são acessadas por milhares de pessoas, promovem debates em cima de informações enganosas, impossibilitando argumentações justas, e assim atrapalhando o processo eleitoral.  Além das fakes news, as discussões online muitas vezes não possuem diversidade de pensamentos. Redes sociais como facebook, possuem algorítimos para mostrar ao usuário, coisas que ele tem mais afinidade. Além disso, as pessoas na maioria das vezes adicionam amigos que pensam de maneira parecida como tais. Ao debater com pessoas que possuem princípios e doutrinas semelhantes, desperta uma falsa sensação de verdade absoluta e uma visão distorcida do mundo e isso faz com que as pessoas não conseguam lidar com o contraditório. Portanto, as redes sociais mostram-se negativas quando criam bolhas sociais cada vez mais raivosas e intolerantes.  Torna-se claro que apesar das redes sociais terem potencial para colaborar com as eleições, não são 100% eficientes. Para combater isso, o Ministério Público pode fazer parcerias com redes sociais, como o Facebook, para combater as fake news com mais rapidez e eficiência, punindo adequadamente as pessoas que criam tais inverdades. Já com esta parceria, o Facebook também poderia promover debates em cima de notícias verdadeiras, entre todos os públicos para expor opiniões divergentes.