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Enviada em: 23/10/2018

Fake news: o mal do século    O ser humano é social: necessita viver em comunidade e estabelecer relações interpessoais. No entanto, embora intitulado, sob a perspectiva aristotélica, político e naturalmente sociável, inúmeras de suas práticas corroboram o contrário. No que tange à questão das redes sociais, há uma linha tênue, que tem sida constantemente ultrapassada, entre a liberdade de expressão e a disseminação de notícias falsas a qual mostra-se nociva ao convívio em sociedade.    Em primeiro plano, é indubitável que a revolução tecnológica ocorrida em meados do século XX trouxe novas perspectivas para a humanidade. Contudo, após o surgimento das redes sociais e os problemas que advieram com ela, torna-se necessário uma análise de seus efeitos na contemporaneidade. A rapidez com que a comunicação é feita hoje em dia, tanto para noticiar um acontecimento quanto em relações entre pessoas, principalmente por meio dos aplicativos, contribuiu para um aumento da propagação das chamadas "fake news".    Outrossim, destaca-se a alienação da população frente à essa questão como impulsionador dessa problemática. Em uma sociedade altamente conectada e que é bombardeada vinte e quatro horas por informações novas continuamente, a capacidade de filtração torna-se prejudicada e leva as pessoas a compartilhar essas notícias sem antes haver a devida checagem. Assim, as pessoas, atualmente, parecem viver um escurecimento progressivo de suas ideias, consequente da ausência de criticidade perante as mensagens recebidas, tomando um caminho inverso ao da humanidade na busca pela luz descrito no mito da caverna de Platão. Torna-se perceptível, por conseguinte, que é fundamental uma mudança comportamental perante as novas tecnologias. Em um corpo social cujo ambiente político está elevadamente polarizado como é o brasileiro, são necessárias medidas para evitar que essas notícias falsas contribuam para a alteração do cenário político do país. Para reverter essa situação, o Governo Federal deve elaborar um plano de combate as "fake news" como aumentar o número de plataformas de checagem de informação. Ademais, cabe aos cidadãos o repúdio a essa prática falaciosa com debates nas mídias sociais a fim de que haja uma conscientização em massa. Dessa forma, quem sabe o mal do século consiga finalmente ser combatido e a humanidade evite de fazer o seu caminho de retorno à caverna.