Materiais:
Enviada em: 22/10/2018

Tema: Os perigos da bolha social.                 Título: Filtros invisíveis  As bolhas sociais não surgiram na atualidade, elas sempre existiram e são uma forma de “proteger” o indivíduo contra adversidades, fazendo-o viver confortável em um mundo rodeado de pessoas e ideias com as quais ele mais se identifica. Entretanto, apesar de aparentemente benéfica, em um mundo predominantemente democrático e conectado à internet as bolhas podem se tornar um problema em nossa sociedade, contribuindo negativamente para um abismo ideológico e para falta de entendimento entre as pessoas.  Em primeiro lugar, parafraseando o filósofo Friedrich Nietzsche, do século XX, a maneira mais segura de estragar um jovem é incitá-lo a estimar mais quem pensa como ele do que quem pensa diversamente. Dentro dessa lógica, nota-se que os jovens respaldados por pessoas que apoiam seu modo de pensar a agir, acabam se fechando e um determinado círculo social e também mental que limita a capacidade de entender ideias opostas as suas. Tal fenômeno segregacionista contribui para a falta de empatia perante as diversidades e com a intensificação de atitudes intolerantes.  Em segundo lugar, tal conjuntura é ainda intensificada com a crescente presença da internet na vida das pessoas. As redes sociais, como o Google e o Youtube, com o objetivo de atrair e prender a atenção dos internautas, possuem algoritmos seletivos que são capazes de calcular e pôr em evidencia assuntos no qual cada indivíduo mais se interessaria. Dessa forma, ocorre um processo de radicalização das pessoas, que ao consumir somente conteúdos similares em grandes quantidades, acreditam cada vez mais que determinado pensamento o qual estão imersas é o correto, corroborando, dessa maneira, para amplificação dos “abismos”.  Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para atenuar essa situação. Sendo assim, é necessário que o Governo Federal dedique parte das verbas arrecadadas pelo Estado para investir nesse setor problemático, no sentido de realizar campanhas por meio das mídias, como televisão, rádios e internet, que atentem à população sobre a incidência das bolhas sociais, tendo em vista que não é um conceito muito conhecido, objetivando, assim, a conscientização e o aumento do discernimento crítico entre as pessoas.