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Enviada em: 23/10/2018

Facebook. Instagram. Whatsapp. Twitter. Na esteira da criação da Internet, as redes sociais do século XXI são aliadas da conectividade e do acesso democrático às informações. Entretanto, em relação ao processo eleitoral do país, esses veículos são potencialmente prejudiciais aos debates, devida a sua capacidade de tendenciar e influenciar a opinião popular. Nesse contexto, cabe afirmar que as redes sociais, no que tange as discussões políticas reforçam a exclusão digital e manipulam o posicionamento das massas.        Em primeira análise, vale ressaltar a pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro, a qual estimou que, em 2016, 70% dos brasileiros possuíam acesso à internet. Isso significa que pouco menos de um terço da população é excluída digitalmente e, consequentemente, alijada dos debates políticos que ocorrem nesse meio. Dessa forma, as redes sociais restringem as discussões aos grupos privilegiados, enquanto a outra parte da sociedade permanece alienada, reafirmando, assim, a exclusão digital.        Outro fator relevante, nessa temática, é a disseminação de fake news nas redes sociais, utilizada para prejudicar os opositores políticos e manipular a opinião do público. A respeito disso, o pensamento de Joseph Goebbels de que “uma mentira cem vezes dita torna-se verdade” demonstra o potencial ofensivo da replicação e do compartilhamento de falácias no meio digital. Exemplo disso foi a última eleição presidencial nos EUA, na qual houve indícios de que as fake news tenham influenciado o voto da população americana.        É evidente, portanto, a necessidade de amenizar o impacto das redes sociais nas discussões políticas do Brasil. Para isso, a mídia aberta deve ampliar o alcance dos debates, a partir da diversificação das plataformas de exposição das notícias com o uso amplo de todos os meios de comunicação, a fim de minimizar o isolamento causado pela exclusão digital. Ademais, a sociedade deve lançar um olhar crítico sobre as informações veiculadas nas redes sociais, por meio da checagem das fontes e dos fatos com pesquisas em websites confiáveis, de modo a combater o compartilhamento de fake news. Assim, pode-se pensar em uma sociedade consciente e resistente à manipulação.