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Enviada em: 23/10/2018

"Políticos usam as redes sociais para o bem e para o mal”. A frase proferida pelo filósofo americano Noam Chomsky infere sobre a utilização das mídias na política global. Ademais, as redes sociais no Brasil adquiriram um importante e até decisivo papel para eleger candidatos. Nesse contexto, cabe analisar a utilização destas redes para disseminar notícias falsas e criar robôs eletrônicos para impactar as eleições brasileiras.        A princípio, cabe ressaltar que as falsas notícias têm crescido, consideravelmente, e influenciado a escolha dos eleitos. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, a propagação de conteúdo mentiroso tem preocupado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e propiciou a criação de uma força tarefa contra as “fake news”. É inquestionável que o Poder Judiciário precisa preocupar-se com a rápida disseminação de informações inverídicas nas redes com o objetivo de manipular, substancialmente, os resultados.        Além disso, os perfis falsos – conhecidos como robôs eletrônicos- viraram arma política para convencer os eleitores. Segundo a Agência de notícias BBC Brasil, os partidos brasileiros gastaram milhões de reais nas últimas eleições na compra destes robôs para beneficiar e induzir os votos. Não há dúvidas de que os políticos podem, infelizmente, utilizar a internet erroneamente, como aponta Noam Chomsky, para alcançar o cargo desejado.        Dessa forma, para garantir o bom uso das redes sócias nas eleições brasileiras é necessário, portanto, maior atuação do Estado. Nesse sentido, o Governo Federal deve, por intermédio da Agência Nacional de Inteligência Brasileira (ABIN), monitorar as principais redes sociais por meio de agentes treinados para identificar e punir, conforme a lei, perfis e mensagens falsas que concede vantagem a algum candidato. Espera-se, com isso, o fortalecimento da democracia, com eleições íntegras e sem fraudes.