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Enviada em: 23/10/2018

Na  Grécia Antiga, quando houve a consolidação da democracia direta ateniense foram criadas ágoras, isto é, locais para discussões políticas, econômicas e sociais, na qual os cidadãos tinham o poder de debater e decidir as questões da cidade e influenciar nas decisões políticas. Nessa perspectiva, embora não exista ágoras na sociedade contemporânea, as redes sociais fazem um papel semelhante, pois, são meios de comunicação muito utilizados para promover debates políticos e assim influenciar nas eleições, campanhas e na opinião pessoal dos cidadãos.       A priori, é importante salientar que em uma democracia, na qual, a liberdade de expressão e o acesso a internet tornaram-se direito de todos, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos propõe, é indiscutível que a rede social obtêm poder de influência sobre coletivo por meio de notícias e propagandas que visam provocar alguma emoção no leitor passivo e sem criticidade. Um exemplo dessa influência foi a campanha "Brexit" que foi amplamente divulgada em rede social, para convencer os ingleses de que o Reino Unido deveria deixar a União Européia, e sendo isso o resultado foi positivo. Evidencia-se que existe uma nova forma de debater o meio político e influencia-lo, tornando-se maior o risco de manipulação.       Ademais, outro ponto relevante é o aumento da disseminação de "Fake News" nas redes, com o objetivo de manipular a opinião do público para obter não somente lucro como vantagem nas campanhas. Tal fato, assemelha-se à estratégia utilizada pela campanha de Adolf Hitler na Alemanha Nazista, a qual a por meio de jornais e revistas mostrava falsos contextos para provocar emoções no público, como ameaça comunista que não existia de fato. Torna claro que para indivíduos que não possuem o senso crítico e a educação digital estruturados, as redes sociais podem manipula-los e assim beneficiar causas políticas indiretamente.       Portanto, são necessárias mudanças para intervir no problema. Cabe ao Ministério da Educação, inserir aulas referente a educação digital nas escolas, por meio de profissionais da Tecnologia da Informação, para incentivar os alunos a procurarem fontes verdadeiras de informação antes de confiar em alguma suposta notícia, e também permitir palestras gravadas sobre política com o mínimo que todo cidadão deve saber sobre a cenário eleitoral, em escolas públicas para promover o senso crítico. Além disso, o Poder Judiciário, deve investir em peritos profissionais para investigar toda e qualquer atividade que possua o objetivo de divulgar informações falsas em período eleitoral principalmente, e assim punir com prisão e multa para os criadores e beneficiadores que utilizam essa estratégia. Dessa forma, as redes sociais se tornaram um local mais favorável para discussões e livre de manipulação.