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Enviada em: 24/10/2018

A internet democratizou o processo criativo e, por conseguinte, a produção de informações pode ser realizada por qualquer usuário - fato que revolucionou o meio técnico-científico-internacional, tal qual a perda da Igreja Católica sobre o monopólio dos livros e do conhecimento no séc. XVIII revolucionou o acesso à informação. Neste sentido, o mundo virtual é um potencial perturbador da realidade à medida que o treinamento para preparara escritores e jornalistas vai perdendo espaço na era dos smartphones. As redes sociais, da maneira que se inserem nas formas de vida dos cidadãos, promovem hoje no Brasil eleições não democráticas e alienação em massa da população.    É inegável que o mundo virtual é o maior influente de opiniões da atualidade. O jornal Folha de São Paulo - umas das mídias mais tradicionais do país - divulgou, em 2018, que sua página online superou a quantidade de leitores de seu jornal impresso. Desta forma, a internet se tornou o mais importante veículo de comunicação em massa, não obstante sua (ainda) curta existência e sua incontrolabilidade jurídica, pois pouco se tem noção das consequências de seu alcance. Sendo, então, potencial influenciadora de posições político-ideológicas e devido à rápida capacidade de proliferação de conteúdos,  as eleições de 2018 no Brasil foram drasticamente manipuladas por notícias falsas divulgadas por políticos e empresários na rede por meio de contratos com as chamadas "fazendas de 'likes'"- organizações privadas que abrem milhares de contas "fakes" para divulgarem informações.   Destarte, as redes sociais não somente mascaram o processo eleitoral brasileiro com uma falsa democracia mas também são fantoches de capitalistas, religiosos e políticos, os quais querem uma população alienada para atingirem interesses que não atingiriam sem o apoio de grandes massas. Sendo assim, o meio virtual se comprova com uma das maiores armas contra a realidades no planeta. Segundo o estudo ''Os Perigos da Percepção", realizada pelo o instituto Ipsos Mori, o Brasil é o segundo país do mundo que mais vive sem a noção da própria realidade e isso está diretamente relacionado com as "fake news". Ou seja, o povo brasileiro é completamente manipulado e corre sérios riscos de perder sua plena Democracia para interesses privados.     Portanto, cabe à Justiça Eleitoral fazer parcerias com WhatsApp, Facebook, dentro outras redes, para caçar fontes de notícias falsas; estipulando metas com benefícios fiscais para as corporações que mais combaterem mentiras na internet. Á título de um combate mais eficaz, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a Justiça deve reelaborar o Marco Civil da Internet, estabelecendo medidas eficientes de bloqueio legal, de acordo com as novas demandas da "web", de notícias falsas; para proteger o Brasil de realidades inexistentes e assegurar a Democracia no país.