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Enviada em: 24/10/2018

Responsável por derrubar governos ditatoriais e começar um onda de revoltas sociais no Oriente Médio, conhecida como Primavera Árabe, o ativismo nas redes sociais vem aumentando ao redor mundo do mundo e promovendo uma maior universalização do acesso à debates e discussões políticas. No entanto, muito ainda se debate sobre sua real efetividade. Desse modo, faz-se necessário um estudo sobre a temática no sentido de avaliar seus pontos positivos e negativos.   Em primeira análise, evidencia-se que as redes sociais ampliaram positivamente o engajamento político da população. Por se tratar de uma alternativa mais democrática e acessível que os meios de comunicação em massa tradicionais, pode ser praticado por qualquer indivíduo com acesso à internet. Dessa forma, plataformas como Facebook e o Twitter tem se mostrado verdadeiros palcos de discussões de ideias e da disseminação de informações, no qual estimulam o engajamento da população sobre assuntos pertinentes em nossa sociedade, como a política, além de exercitar o senso crítico dos indivíduos.   Em segunda análise, observa-se em contraposição, que essa atividade pode estar distanciando as pessoas de ações políticas mais efetivas. Conforme retratado em um estudo realizado pela Universidade de Columbia, no Canadá. A sensação de dever cumprido provocado pelo simples clique do "curtir" estimula as pessoas a deixarem de lado ações mais significativas. Um exemplo disso foi observado no Brasil, em que próximo à votação do impeachment da antiga presidenta Dilma Rouseff, o movimento nas redes sociais era imensurável, no entanto a presença nas ruas era mínima.   Infere-se, portanto, que de acordo com as palavras do sociólogo Manuel Castells "não basta apenas criticar na internet, é necessário que o movimento seja visível". Sendo assim, para resolver esse impasse, a mídia e as ONGs, em parceria, podem trabalhar em comerciais de TV, programas, debates e campanhas online, a necessidade de o povo se manifestar presencialmente, lutando por seus direitos com propostas e movimentos concretos. Ademais, em um contexto de nascimentos de indivíduos já conectados à internet, a escola pode trabalhar, por meio de discussões e aulas temáticas, a necessidade de se sair as ruas, o que já existe no Brasil, mas buscando resultados objetivos, precisa ser muito maior. Dessa maneira, a união da política com a internet trará inúmeros benefícios para o exercício da democracia.