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Enviada em: 25/10/2018

As redes sociais têm forte influência na vida de milhões de indivíduos. A princípio, eram ferramentas criadas com o intento de aproximar pessoas e promover a interação, porém novas funcionalidades foram atribuídas às redes pelos usuários, como servir de principal fonte de informação e viabilizar debates de cunho social, cultural e político. Por outras palavras, a internet é um agente facilitador de movimentação política, e suas redes mais relevantes como Whatsapp, Twitter e o Facebook, que segundo a Folha de São Paulo bateu no primeiro trimestre de 2018 a marca de 127 milhões de usuários ativos no Brasil, funcionam como veículo de propagação de notícias sobre as eleições. Centenas de jornais e revistas verificados que migraram para as novas mídias a fim de conquistar o novo campo contribuem para o acesso das pessoas à informação verídica e confiável. No entanto, ferramentas tecnológicas tendenciosas como os bots, robôs desenvolvidos para manipular a opinião pública, indubitavelmente afetam os debates nas redes sociais, pois ao passo que os usuários dentro de uma bolha ideológica, possibilitada pelo meio virtual, apropriam-se da falsa afirmação e a disseminam como sendo legítima, não se trata mais de refutar com a verdade, dado que a discussão escala outros níveis e torna-se caracterizada pela emoção, onde despreza-se fatos e valoriza-se a crença. As outras consequências são corolários da primeira: a polarização brutal entre eleitores, e a transformação das redes sociais em uma fábrica de propagação de notícias falsas para desestabilizar prejudicar candidaturas. O número de informações mentirosas disseminadas rapidamente é grave, uma vez que são muitas, e têm o potencial de interferir no resultado das eleições. Assim sendo, torna-se essencial por parte dos usuários a cautela e senso crítico com o conteúdo compartilhado, denunciando publicações e mensagens deturpadas. Buscar informação fora das redes também é primordial para comparar e buscar a mais legítima e completa. No âmbito legislativo, o Congresso Nacional deve aprovar uma lei que criminaliza os criadores de notícias falsas para coibir a prática. Se utilizadas de forma correta as redes sociais são grandes potencializadoras da voz do povo, auxiliando na organização da militância, marchas e, pós eleições, usá-las para expor aos representantes o que espera-se deles e monitorar os feitos do governo.