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Enviada em: 25/10/2018

Ainda que a mídia tradicional e o tempo de propaganda política sejam fatores na hora de definir o voto do brasileiro, as mídias sociais têm sido muito mais decisivas na fonte de informação para o eleitor, dessa forma, as campanhas têm usado as mídias sociais como importante ferramenta estratégica para chamar a atenção dos eleitores.        Em 2018 o candidato do PSDB Geraldo Alckmin possuía metade do tempo do horário eleitoral, após a apuração do primeiro turno recebeu apenas 4,76% dos votos válidos, enquanto o candidato do PSL Jair Bolsonaro possuía apenas oito segundos e recebeu 46,03% dos votos válidos, ficando claro que a maior parte de sua propaganda foi feita em outro meio, nesse caso, as redes sociais.       O sucesso do candidato Jair Bolsonaro é, em parte, explicado pelo seu alcance nas mídias sociais e o apoio de grupos que o capitalizam. Nesse sentido, cabe a pergunta: as mídias sociais são um ambiente representativo da população brasileira? De acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia, 34% dos brasileiros ainda não possuem acesso à internet. Dos que acessam a rede, uma grande maioria são homens, e, em grande parte, de grandes centros urbanos do país.       Outro efeito causado pelas redes sociais foi a maior propagação das famigeradas "fake news" - o que não é exclusividade das redes, como ficou claro nas eleições americanas de 2016 - com dezenas de notícias falsas criadas e divulgadas, até mesmo recebendo crédito na mídia tradicional. Uma das soluções propostas por políticos de esquerda, foi bloquear algumas redes, como o Whatsapp, porém tal medida só pode ser vista como um ato de censura antidemocrático.       O melhor jeito de se combater as "fake news" é oferecendo uma detalhada argumentação do porquê ser falso, e receber divulgação nos grandes meios de comunicação, que muitas vezes consideram a si mesmos como "defensores da verdade".