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Enviada em: 30/10/2018

A Primavera Árabe, como é conhecida mundialmente, foi uma revolucionária onda de protestos e manifestações que ocorreram, com o fito de libertar populações de governos ditatoriais. O movimento contou com o apoio do Facebook para disseminar seus ideais, resultando em um amplo contato e apoio de variadas populações, as quais buscavam um mesmo fim. As redes sociais, no cenário hodierno, demandam um grande fluxo de informações, potencializando o modelamento de muitas concepções do que é ideal para uma sociedade e aumentando sua influência no campo político. Entretanto, dois aspectos fazem-se relevantes: as Fake News circulantes e aproximação político-partidária.      É irrefutável notar, que na era digital, inúmeros casos de notícias faltas circulam em rede. Segundo dados publicados pelo jornal Nexo, em 2016 estimou que 70% da população brasileira tinha acesso à internet. Por ser um meio de fácil acesso, inúmeras pessoas, em suas redes sociais, blogs e sites, acabam publicando informações ausentes de um viés de confirmação, corroborando discursos de ódio e infligindo os conceitos morais e éticos de uma nação, com a intenção de disseminar uma ideologia política. A cerca disso, é notório observar a gravidade do fato, visto que, no fenômeno da pós-modernidade, onde as informações não precisam ser comprovadas e sim compartilhadas, mais pessoas têm tornado-se alienadas e intolerantes.      Além disso, cabe analisar, como o fenômeno da politicagem é facilitado pela internet. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Oxford, em 48 países as eleições tiveram influência de partidos políticos, os quais manipulavam as notícias partidárias a seu favor, buscando uma aproximação com o eleitor. Logo, tal aspecto desleal entre os parlamentares e seus partidos, usando da manipulação e persuasão para garantir votos, faz com que haja um retrocesso da democracia, retornando aspectos como coronelismo e voto de cabresto, os quais fizeram parte de uma “velha república” da sociedade brasileira.     Urge, portanto, que medidas devem ser tomada. Consoante Paulo Freire: ”Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Logo, cabe ao Ministério da Educação implantar o ensino de Filosofia Política para os alunos, para que haja uma maior compreensão de seus direitos como cidadãos e como funciona o sistema político do país, com isso, uma maior conscientização há de surgir e menos influenciados serão. Ademais, compete ao Governo Federal fortalecer as instituições de regulamentação dos provedores de internet, desenvolvendo softwares mais sofisticados, os quais funcionariam como filtro contra publicações de associação político-partidária e Fake News, gerando uma menor influência ideológica e política.