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Enviada em: 30/10/2018

A primeira campanha política brasileira foi o Manifesto Republicano no então jornal carioca A República. Tal campanha expunha a insatisfação com o imperador Dom Pedro II e ela fora de suma importância para incentivar diversos setores da sociedade a apoiarem o fim da monarquia. Muito se vê, entretanto, na sociedade hodierna, estas mesmas ações, posto que cada vez mais os candidatos desfrutam das mídias sociais para beneficiarem suas campanhas políticas. As redes sociais tornaram-se um dos principais veículos de discussões políticas e divulgações eleitorais, uma vez que o uso destas vem crescendo rapidamente.         A princípio, com o mundo globalizado, o acesso as redes sociais torna-se cada vez mais intenso, visto que, em 2018, já são 120 milhões de usuários brasileiros, dados do site nexojornal.com.br. Boa parte desses usuários utilizam esse meio de comunicação para colocar em pauta suas opiniões políticas a fim de discuti-las. O problema começa a surgir quando essas manifestações, veiculadas numa velocidade assombrosa, fazem apologias irrelevantes no cotidiano das pessoas. Ainda nesse viés, as publicações podem perder o senso crítico e a racionalidade e, também, influenciar outrem a possuir as mesmas ideologias.         Além disso, entra em pauta o fato de políticos e, até mesmo, autoridades fazerem uso das mídias sociais para manipularem suas candidaturas. Como foi o caso que ocorreu na Rússia durante as eleições norte americana em 2016, auxiliando na eleição de Donald Trump à Casa Branca. Análogo a isso, em torno de 50 nações usam esse meio para beneficiarem candidatos, segundo a universidade britânica Oxford. O impasse é que as redes sociais causam, muitas vezes, desinformação e "fake news" principalmente em período eleitoral, segundo a instituição. Essa prática acaba elegendo políticos sem experiência a cargos altíssimos.         Infere-se portanto, que é imprescindível que haja um maior controle na utilização de tal meio de comunicação para não disseminar notícias isentas de fontes confiáveis, nem fazer excesso de campanhas políticas e, consequentemente, não influenciar eleitores em suas opiniões e votos. Para que isso ocorra, a Secretária de Políticas Digitais deve viabilizar combates a esse tipo descontrolado de dispersão eleitoral, por meio de programas de apoio a informação verídica sem dominar a vida dos indivíduos ativos em seus direitos políticos, com o objetivo de influenciar a capacidade das pessoas de formarem suas próprias conclusões. Também é viável que o Ministério da Educação intervenha com o objetivo de educar politicamente a população evitando, assim, o descontrole no compartilhamento de campanhas eleitorais.