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Enviada em: 30/10/2018

Desde a criação da Imprensa de Gutenberg, no século XV, as informações se espalham com mais facilidade. Tal processo intensificou-se a partir da criação da internet e do desenvolvimento de redes sociais, como Facebook e Whatsapp. Conforme essas mídias se massificaram, também tem crescido seu papel nas discussões políticas atuais. Todavia, seu uso é cada vez mais frequente para a disseminação de notícias falsas, reverberando de modo negativo nos resultados das urnas. Por conseguinte, faz-se preciso a discussão dessa problemática para que se apresente soluções.          Antes de tudo, é fundamental que se tenha noção do tamanho da influência que as mídias digitais têm sob questões políticas, no Brasil e no Mundo. Isso fica evidente ao se observar o quanto essas ferramentas foram importantes para a consolidação da Primavera Árabe, como também às manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma. Além disso, é fato comum encontrar pessoas que utilizam as redes sociais como principal mecanismo para a divulgação de notícias acerca das eleições de 2018, em um mecanismo que ficou conhecido como "corrente do Whatsapp". Fica evidente, por isso, que a teia de influência das redes sociais pode ser uma poderosa ferramenta para mudar o rumo de nações.         Por outro lado, conforme disse Umberto Eco: "as redes sociais deram voz a legião de imbecis", e nestas eleições de 2018, isso não tem sido diferente. Agentes partidários e governamentais têm se apropriado dessas mídias com o objetivo de usá-las para a propagação de notícias falsas, afim de manipular a opinião pública em consonância com os resultados das urnas. Esse fenômeno, em parte, fundamenta-se em razão na falta de senso crítico de muitos dos usuários dessas redes sociais. Neste sentido, a exposição às informações falsas, aliado com a ausência de análise crítica por parte de alguns brasileiros, favorece a perpetuação de mentiras, que, por sua vez, prejudicam a consolidação de um ambiente saudável às discussões políticas atuais.      Em decorrência disso, faz-se necessário, portanto, a aplicação de medidas para que seja positivo o papel das redes sociais nos recentes debates eleitorais. Para isso, cabe ao Congresso Nacional o desenvolvimento de leis com intuito de punir, por meio de multas, os agentes que divulguem notícias manipuladas. Além disso, é necessário uma mudança cultural e educacional, para isso as instituições de ensino devem, através de palestras e aulas práticas, estimular o ceticismo e o pensamento crítico em seus alunos, para que eles questionem a veracidade das informações às quais têm acesso. Desse modo, será possível a formação de um ambiente mais saudável nas redes sociais afim de se debater assuntos pertinentes à política e ao processo eleitoral de 2018.