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Enviada em: 31/10/2018

A fluidez de informações em época de eleição    A série cinematográfica Black Mirror atraiu a atenção de muitos espectadores em 2016 para o streaming da Netflix ao abordar questões sobre tecnologias, de uma forma em que foram expostos problemas relacionados a ela que se tornam implícitos muitas vezes para uma geração que nasceu imersa num mundo de alta tecnologia. Hediornamente, o brasileiro sentiu alguns malefícios ao que diz respeito a instantaneidade de informações proporcionada pelas redes sociais nas Eleições de 2018, quando vertentes políticas ganharam grande força devido à uma dissipação intensa de fake news. Logo, é notável que numa conjuntura em que há disponibilidade de todo o tipo de informação, deve-se desenvolver nos indivíduos uma cultura de confiança apenas em informações com provas, bem embasadas e com fontes confiáveis; já que é um fator que no caso das Eleições, interfere no seu exercício à cidadania.    Primeiramente, é importante decorrer sobre o comportamento desenvolvido pelo homem desde a criação da imprensa no século XV. É certo que em tempos em que a informação não era de muita acessibilidade, que eram de únicas ou de poucas fontes as notícias e informações recebidas pelo população, torna-se perceptível uma tendência em aceitá-las sem hesitar muito. Todavia, ao decorrer da modernidade, com o ápice da fluidez de informações dado pelo processo de globalização, é perceptível que a acessibilidade às informações coincidiu com o conforto e logo, o comportamento de não hesitar a aceitar os mais variados tipos de informações se perpetuou.    Consoante ao pensamento de Malcom X, que disse certa vez que confiar cegamente nos meios de comunicação pode resultar em amor ao opressor e ódio ao oprimido, é possível relacionar os dizeres de Malcom X ao fenômeno de manipulação de pessoas em meio às redes sociais, vivenciado nos períodos eleitorais brasileiros em 2018. Mais precisamente, o contato com notícias falsas cria uma visão de realidade distorcida nos indivíduos, que pode acabar por distanciá-los de um voto consciente e de forma indireta induzi-los a votar em um representante político que não os representam.  Portanto, o fenômeno de fake news pode ser um fator que impede o exercício de cidadania legítimo, o que ressalta a necessidade em combatê-lo.    Em suma, é necessário desenvolver na população o criticismo em relação às informações; no caso das Eleições, essa cultura interferiu no exercício de cidadania. O Poder Público pode intensificar as indenizações que devem ser pagas por caluniadores como previsto pela Constituição; as Escolas podem ressaltar o debate em aula sobre a importância da verificação da veracidade de informações.