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Enviada em: 31/10/2018

Já ficou clara a enorme influência das redes sociais – principalmente do Whatsapp, aplicativo de mensagens – na opinião dos eleitores brasileiros. Segundo uma pesquisa feita pela IPSOS e pela Fecomércio – RJ, em 2016 70% dos brasileiros já tinham acesso à internet e pelo menos 90% dos entrevistados afirmaram ter as redes sociais como principal ferramenta usada online. Infelizmente, o intenso uso desses meios de comunicação tem uma consequência alarmante: o aumento das chamadas “fake news”.   Em outubro desse ano, cerca de uma semana antes do segundo turno das eleições presidenciais, o PSL – partido do candidato Jair Bolsonaro – passou a ser investigado por pagar mais de 12 milhões de reais por pacotes de mensagem a favor do partido e contra seu adversário Fernando Haddad, do PT, como informado no jornal Folha de S.Paulo.    Juntando-se a isso, dada a facilidade do seu uso, muitas pessoas passam a se informar quase exclusivamente através das redes sociais, sendo bombardeadas por notícias falsas e aumentando sua disseminação ao compartilhá-las com conhecidos. Em contrapartida, os sites de notícia são de acesso mais excludente, com textos longos e linguagem muitas vezes complexa, além de possuírem conteúdos que podem ser lidos apenas por assinantes.    Assim, é necessário que o TSE, em conjunto com o Whatsapp e outras redes sociais, invista na apuração de casos como o do PSL. Somando-se a isso, os veículos de notícias devem focar na inclusão de diferentes camadas da sociedade, usando um linguajar mais simples e divulgando gratuitamente resumos de suas notícias, o que também auxiliaria na identificação de fake news pelos usuários de redes sociais.