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Enviada em: 01/11/2018

Manipulação. poder. corrupção. Essas são algumas das características que regem a essência dos processos eleitorais. Com o advento das diferentes possibilidades de transformações do meio, o homem fez do poder ideológico um forte instrumento em prol dos seus anseios. Tal fato efetivou-se por meio de influências religiosas e políticas, consolidando o meio social um âmbito de hierarquias e desigualdades. Diante da eclosão da era moderna, tais ferramentes de domínio foram aperfeiçoadas por meio dos recursos midiáticos e digitais, inserindo nações, a exemplo do Brasil em ciclos de segregações e corrupções generalizadas.     Desde o início das primeiras ações imperialistas, a cultura do medo se consolidou como combustível  motor da manipulação ideológica. Isso se dá, principalmente, pelos diferentes níveis educacionais presentes na relação entre dominador e dominado, a exemplo da perpetuação de Getúlio Vargas na presidência do Brasil como prevenção contra uma suposta dominação comunista. Com isso, é possível perceber os verdadeiros motivos presentes nas falhas educacionais da população, visto que com a ausência do senso crítico, a política poderá continuar a empregar um governo para poucos. Ademais, percebe-se que aliado às negligências na educação, a maquiagem de progresso propagada pelos recursos midiáticos também contribuem para a perpetuação dos currais eleitorais.     Segundo Rousseau, o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado. Essas amarras  estão inseridas em atos como o voto de cabresto e o clientelismo advindos da corrupção enraizada na formação do homem, camuflando a verdadeira origem do poder, a própria população. Aliado a essência das teses de Rosseau, a polarização ideológica dos tempos modernos se torna um forte entrave no reconhecimento do povo como detentor de todo o poder. Isso se dá pela forte desunião entre a população em conjunto da diluição da busca por maiores fontes de conhecimentos. Por conseguinte, o povo é transformado em ecos, metaforicamente a mitologia grega, por viverem a repetir o que os outros falam sem conhecerem a essência de tais afirmações.      Destarte, faz-se necessários maiores investimentos por parte da rede educacional em oficinas e debates sobre a história política brasileira e a importância do voto consciente e responsável, sob auxílio de educadores das mais diversas áreas de humanas, voltados, principalmente a jovens. Dessa forma, o senso crítico será construído, diminuindo as discussões rasas de grupos polarizados nas redes digitais. Desse modo, a transparência política será estabelecida em conjunto da construção de escolhas mais efetivas e consciente por parte da sociedade.