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Enviada em: 01/11/2018

“Apesar de não concordar com os seus argumentos, defenderei veementemente o direito de externá-los”. Esse pensamento de Voltaire, filósofo do século XVIII, reveste-se de extrema importância diante do atual cenário eleitoral brasileiro, uma vez que as redes sociais exercem papel fundamental na formação da convicção das pessoas. Tal influencia torna-se possível tanto pelo volume de acessos à internet quanto pela qualidade das mensagens por ela divulgadas.        No tocante ao volume de acessos, conforme divulgado pelo Portal G1, é extremamente alto o número de eleitores que fazem uso das redes sociais para realizar suas trocas de informação. Isso permite uma maior democratização das opiniões, pois cidadãos de distintas classes sociais e dos mais distantes lugares conseguem externar suas ideias, compartilhar notícias, entre outros, e sem distinção de dias e horários. Tal fato contribui de forma positiva para a diminuição do controle da grande mídia tradicional sobre o ponto de vista do eleitor.         Por outro lado, é grande tráfego de mensagens falsas, “fake news”, em circulação nas redes sociais, visando a confundir as pessoas. Isso motivou o TSE – Tribunal Superior Eleitoral – conforme divulgado pela TV, a promover um encontro nacional com juízes eleitorais, para melhor lidar com essa questão. Atitude extremamente positiva, pois seria inadmissível a um país, com quase 150 milhões de eleitores como o Brasil, ser manipulado por notícias falsas, o que contrariaria o pensamento de Voltaire.        Portanto, para fazer valer o pensamento desse ilustre iluminista, torna-se necessário que o governo federal, através de seus órgãos competentes, invista em tecnologia capaz de identificar essas mensagens falsas e que o Congresso Nacional crie leis, que punam com penas severas seus autores, para que, cada vez mais, o cidadão possa estar seguro em relação às notícias que recebe e que o país atinja um nível de excelência na democratização de informações pela da rede de computadores.