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Enviada em: 01/11/2018

A crescente e vertiginosa evolução digital nos propicia, ao mesmo tempo, um sistema mais integrado e vastos meios para a manipulação em massa. A exemplo disso, temos a política, tema antes tratado em jornais e veículos mais formais, agora se transforma numa ampla plataforma digital com diversos grupos disseminando ideias e notícias a fim de moldar a opinião pública.        Um estudo de Oxford, mostra um aumento significativo no número de grupos formados com a intenção de propagar fake news (notícias falsas), e perfis falsos para divulgar e aumentar a relevância de alguns assuntos e candidatos. Tais técnicas de manipulação têm atuado diretamente nas formações de opinião e até nas eleições, já que cerca de 70% dos brasileiros usam as mídias sociais para obter informações, segundo a pesquisa feita pela Ipsos e Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro).        O público fica impressionado com manchetes e imagens chocantes e com um simples "clique", elas se espalham e, a partir daí, elas são compartilhadas sem ao menos haver uma verificação de sua precedência, difundindo ideias e prejudicando figuras públicas e até governos. O impacto dessa manobra pode ser sentido desde a adesão a determinados comportamentos até decisões políticas.         Conclui-se, então, que as redes sociais e o desinteresse da população em conferir as informações auxiliam na tomada de decisões, as vezes, prejudiciais ao povo. Portanto, faz-se necessário o engajamento do público e dos veículos midiáticos para esclarecer informações e discutir o que de fato é real e convencer os eleitores a se atentarem nas escolhas políticas e ideológicas.